Guto Garcia.
Resolvi escrever antes que o ano acabe,
Resolvi lhe dizer tudo que quero antes que a oportunidade se quebre.
Resolvi destruir os alicerces antes que acasa caia.
Resolvi antes que alguem resolva.
Junto a parede branca vi sinais, manchas,
Vi o tempo em detalhes,
A tinta seca que se quebra, no vai e vem da chuva e do sol.
O limo que umedece e toma conta da morbidez que a cerca.
Resolvi então quebrar o tempo,
Destrui a parede, refiz o muro.
Destrui as marcas, as lembranças,
Fiz o muro branco de novo!
Mas não esqueci das lagrimas, das dadivas.
Quebrei o muro denovo.
Dexei o vazio,
Para esquecer tudo, denovo.
Seu fantasma está lá,
As vezes o vejo como novo,
As vezes o vejo sujo cheio de musgo.
Mas as vezes não o vejo, só o desejo.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Durmo no banheiro.
Guto Garcia
Hoje eu durmo,
Hoje o dia acabou cedo,
Hoje vejo as paredes tortas de meu banheiro,
Hoje respiro o ar pesado de minha pia,
Hoje comi minhas alegrias do armarinho.
Hoje me deito nas lajotas frias do box.
Hoje fecho os olhos sem temor.
Hoje e não mais.
Na água quente que cai sem pudor,
Nu de lembranças e medos.
Com minha libido florescendo.
Hoje e nunca mais.
Hoje eu durmo,
Hoje o dia acabou cedo,
Hoje vejo as paredes tortas de meu banheiro,
Hoje respiro o ar pesado de minha pia,
Hoje comi minhas alegrias do armarinho.
Hoje me deito nas lajotas frias do box.
Hoje fecho os olhos sem temor.
Hoje e não mais.
Na água quente que cai sem pudor,
Nu de lembranças e medos.
Com minha libido florescendo.
Hoje e nunca mais.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Perto do Infinito
(Henry Lopes)
Sento-me em mais isolado banco,
da mais distante praça,
perdido nos mais profundos pensamentos,
da mais bela dama que o século XX já viu.
É neste banco que pela primeira vez,
em triste vida,
me vejo sóbrio e quase satisfeito,
por entender perto de tudo que realmente quis.
Penetrado em quimera me encontro,
mais confuso que já estive um dia,
fácil seria penetrar entre suas pernas,
difícil em seu real amor.
No banco isolado em distante praça
me perco em utopia e prazer.
Entendo agora que plenitude,
é apenas sonho humano.
Sento-me em mais isolado banco,
da mais distante praça,
perdido nos mais profundos pensamentos,
da mais bela dama que o século XX já viu.
É neste banco que pela primeira vez,
em triste vida,
me vejo sóbrio e quase satisfeito,
por entender perto de tudo que realmente quis.
Penetrado em quimera me encontro,
mais confuso que já estive um dia,
fácil seria penetrar entre suas pernas,
difícil em seu real amor.
No banco isolado em distante praça
me perco em utopia e prazer.
Entendo agora que plenitude,
é apenas sonho humano.
sábado, 24 de outubro de 2009
Sapato Novo
Los Hermanos
(...) – bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão
pra não me alcançar
poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena (2x)
(...) – bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão
pra não me alcançar
poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena (2x)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Casa de Poucos
Guto Garcia
Nesse caminho que parece até fúnebre,
Nessas paredes frias,
Num quarto escuro, triste,
Isolado, sem sentido, num silêncio mortal.
Alguns gritos sem sentido, e só.
A solidão devora, a morte se deseja.
A carência se mostra em dura face,
Não se ignora não se deixa
Numa brisa fina, leve.
Parece isolar mais, se distância.
Aos poucos que se tem...
...parecem zumbis, sem mente e caóticos.
É displicente ao caminhar.
Não se quer pensar, apenas passar.
Quebrar a morbidez, mas sem procurar sentido.
Por não ter
Nesse caminho que parece até fúnebre,
Nessas paredes frias,
Num quarto escuro, triste,
Isolado, sem sentido, num silêncio mortal.
Alguns gritos sem sentido, e só.
A solidão devora, a morte se deseja.
A carência se mostra em dura face,
Não se ignora não se deixa
Numa brisa fina, leve.
Parece isolar mais, se distância.
Aos poucos que se tem...
...parecem zumbis, sem mente e caóticos.
É displicente ao caminhar.
Não se quer pensar, apenas passar.
Quebrar a morbidez, mas sem procurar sentido.
Por não ter
sábado, 12 de setembro de 2009
Alguém Morreu
(Henry Lopes)
Vi o desespero bem diante de mim
-chamem o próximo esse já se foi
Vi uma família que perdeu alguém
-ela não pode ter morrido,
estava tão bem ontem
Hoje vi a morte de perto
-ela morreu, realmente se foi,
não consigo acreditar
Vi de perto, como é fácil morrer
-vamos ao seguinte, você está entregue
Vi corredores de gente a espera,
do fim sujo, sem valor
-este corredor da morte não para por ai
Hoje vi a morte, enquanto você ria da vida.
Vi o desespero bem diante de mim
-chamem o próximo esse já se foi
Vi uma família que perdeu alguém
-ela não pode ter morrido,
estava tão bem ontem
Hoje vi a morte de perto
-ela morreu, realmente se foi,
não consigo acreditar
Vi de perto, como é fácil morrer
-vamos ao seguinte, você está entregue
Vi corredores de gente a espera,
do fim sujo, sem valor
-este corredor da morte não para por ai
Hoje vi a morte, enquanto você ria da vida.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Desordem.
Guto Garcia
No afago da noite molha seus pés quando fico olhando a imensidão escura do céu.
No silêncio das ruas, tramando coisas, fico parado esperando adormecer.
No tempo que passa em 15 e 15 minutos só posso esperar que passe mais 15.
Na distância que separa do refrigerante gelado esta um dedo da boca que se racha seca.
Nestes detalhes que se passam dias, se passam mês e se passam anos.
É desta forma que se espera a morte, que se passa a vida.
Não se pode fugir disso, das repetições, da inércia em movimento da mudança,
Também da incorrupta desordem.
Não conseguimos mudar, também não controlamos.
No final é só seguir e esperar que de tudo certo, fique tudo bem.
Mas é incrível a indisponibilidade disso ocorrer,
Nunca se escapa ileso da vida, ou da morte.
No fim é uma junção de erro e acerto despropositados.
Isso é a febre da vida, que não podemos curar de fato,
No Maximo minimiza, controlar os estragos, só os estragos.
Juntar os restos de ti mesmo e tentar seguir,
Ou respirar fundo e não crer no que ocorrer e dizer: como fiz isso?
E no fim, respeitar e obedecer a desordem da vida.
No afago da noite molha seus pés quando fico olhando a imensidão escura do céu.
No silêncio das ruas, tramando coisas, fico parado esperando adormecer.
No tempo que passa em 15 e 15 minutos só posso esperar que passe mais 15.
Na distância que separa do refrigerante gelado esta um dedo da boca que se racha seca.
Nestes detalhes que se passam dias, se passam mês e se passam anos.
É desta forma que se espera a morte, que se passa a vida.
Não se pode fugir disso, das repetições, da inércia em movimento da mudança,
Também da incorrupta desordem.
Não conseguimos mudar, também não controlamos.
No final é só seguir e esperar que de tudo certo, fique tudo bem.
Mas é incrível a indisponibilidade disso ocorrer,
Nunca se escapa ileso da vida, ou da morte.
No fim é uma junção de erro e acerto despropositados.
Isso é a febre da vida, que não podemos curar de fato,
No Maximo minimiza, controlar os estragos, só os estragos.
Juntar os restos de ti mesmo e tentar seguir,
Ou respirar fundo e não crer no que ocorrer e dizer: como fiz isso?
E no fim, respeitar e obedecer a desordem da vida.
domingo, 23 de agosto de 2009
Antigo Provérbio da P*** Que Pariu
Nada realmente interessante tem seu real valor
Tudo que realmente não vale à pena tem um por que
Tudo que tem um motivo está perdido
Tudo que foi perdido poderia ter valor
Mesmo algo com valor pode ser negativo
Um ponto negativo tem sempre uma vantagem
Nem toda vantagem pode ser desfrutada
Jamais se desfruta o nada
Assim como tudo existe
O tudo vira nada no mundo da fantasia.
A verdade continua lá fora...
Tudo que realmente não vale à pena tem um por que
Tudo que tem um motivo está perdido
Tudo que foi perdido poderia ter valor
Mesmo algo com valor pode ser negativo
Um ponto negativo tem sempre uma vantagem
Nem toda vantagem pode ser desfrutada
Jamais se desfruta o nada
Assim como tudo existe
O tudo vira nada no mundo da fantasia.
A verdade continua lá fora...
quinta-feira, 16 de julho de 2009
As vinte e três e 1.
Guto Garcia
Nas madrugadas frias de julho,
Sobre a influência de qualquer coisa,
Caído numa vala qualquer e pensando em qualquer coisa
No amanhecer qualquer de um dia que nem lembranças pequenas há,
Uma pessoa qualquer disse uma coisa que mudou minha vida inteira pelos últimos 2 minutos
Assim dizia um poeta bêbado qualquer de algum livro bobo.
Mas na realidade tudo isso é a mais pura verdade,
Pois, além disso, o que pode ser mais eterno do que 2 minutos?
Eu, bronco como sempre, chato e chateado com tudo já nem sei com que.
E no final do dia vejo o que serviu desse dia para alguma coisa,
Logo vejo que meu pai jogou dinheiro fora.
Nas madrugadas frias de julho,
Sobre a influência de qualquer coisa,
Caído numa vala qualquer e pensando em qualquer coisa
No amanhecer qualquer de um dia que nem lembranças pequenas há,
Uma pessoa qualquer disse uma coisa que mudou minha vida inteira pelos últimos 2 minutos
Assim dizia um poeta bêbado qualquer de algum livro bobo.
Mas na realidade tudo isso é a mais pura verdade,
Pois, além disso, o que pode ser mais eterno do que 2 minutos?
Eu, bronco como sempre, chato e chateado com tudo já nem sei com que.
E no final do dia vejo o que serviu desse dia para alguma coisa,
Logo vejo que meu pai jogou dinheiro fora.
terça-feira, 9 de junho de 2009
A Montanha Mágica/ Legião Urbana
Composição: Renato Russo / Dado Villa-Lobos / Marcelo Bonfá
Sou meu próprio líder: ando em círculos
Me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim
Meio-sorriso, meia-lua, toda tarde
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal
Ficou logo o que tinha ido embora
Estou só um pouco cansado
Não sei se isto termina logo
Meu joelho dói
E não há nada a fazer agora
Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem
Um outro agora vive minha vida
Sei o que ele sonha, pensa e sente
Não é por incidência a minha indiferença
Sou uma cópia do que faço
O que temos é o que nos resta
E estamos querendo demais
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal
Existe um descontrole, que corrompe e cresce
Pode até ser, mais estou pronto prá mais uma
O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos de nossas próprias vidas
O mecanismo da amizade,
A matemática dos amantes
Agora só artesanato:
O resto são escombros
Mas, é claro que não vamos lhe fazer mal
Nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete
Cada líder com seu próprio 38
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
Chega, vou mudar a minha vida
Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol
Num copo d'água
domingo, 10 de maio de 2009
O Fantástico e inexplicável mundo de Fernanda
Augusto Garcia e Henry Lopes
Acabei de decidir que tudo
É sempre meio parecido
Promessas de uma volta no tempo
Mas no fim tudo giraria no mesmo lugar
Apenas imperfeições de verdades
Se pudesse transformava tudo em nuvens Azul claro,
Céu cor de rosa e as montanhas verde limão.
Os rios seriam de refrigerante de laranja
E a alface teria gosto de mel.
As pessoas seriam todas roxas e felizes.
As guerras seriam de travesseiros,
O chão seria feito de lençóis,
Beijos, brindes dados pelas mais belas moças, sem pudor.
Terremotos abraços forte de amor,
Os bêbados, psicólogos.
No final de cada dia uma festa para comemorar,
A noite seria um cobertor quente.
E por fim o fim de cada vida seria uma comemoração,
Sobre tudo de maravilhoso que naquela pessoa há.
Amor será livre e a moral resumo de tudo que disse.
Acabei de decidir que tudo
É sempre meio parecido
Promessas de uma volta no tempo
Mas no fim tudo giraria no mesmo lugar
Apenas imperfeições de verdades
Se pudesse transformava tudo em nuvens Azul claro,
Céu cor de rosa e as montanhas verde limão.
Os rios seriam de refrigerante de laranja
E a alface teria gosto de mel.
As pessoas seriam todas roxas e felizes.
As guerras seriam de travesseiros,
O chão seria feito de lençóis,
Beijos, brindes dados pelas mais belas moças, sem pudor.
Terremotos abraços forte de amor,
Os bêbados, psicólogos.
No final de cada dia uma festa para comemorar,
A noite seria um cobertor quente.
E por fim o fim de cada vida seria uma comemoração,
Sobre tudo de maravilhoso que naquela pessoa há.
Amor será livre e a moral resumo de tudo que disse.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Duas Faces
Henry Lopes, Augusto Garcia
Já me ofereci como teu amigo e inimigo
Como ambos tu me aceitastes
Na paz e na guerra te acompanhei
No teu lado sempre me mantive
Com uma faca na mão ou um sorriso no rosto
Amor e ódio, dois lados da mesma moeda
Dois sentimentos da mesma mulher
A indecisão de querer te amar
Mas também a certeza de querer te matar
Sobre teu corpo na cama fico completo
Sobre teu cadáver no caixão fico sereno
Sendo o mesmo, sobre teus vermes ou sob nossas flores.
No beijo mais quente e mais rápido tapa.
Caindo em raiva sem consolo,
Sobre o consolo de suas pernas.
Minha mulher amada, meu motivo de raiva.
Santa virgem, traidora na cama.
És teu final, teus gritos no quarto.
Tu és vida, mesmo na morte.
Já me ofereci como teu amigo e inimigo
Como ambos tu me aceitastes
Na paz e na guerra te acompanhei
No teu lado sempre me mantive
Com uma faca na mão ou um sorriso no rosto
Amor e ódio, dois lados da mesma moeda
Dois sentimentos da mesma mulher
A indecisão de querer te amar
Mas também a certeza de querer te matar
Sobre teu corpo na cama fico completo
Sobre teu cadáver no caixão fico sereno
Sendo o mesmo, sobre teus vermes ou sob nossas flores.
No beijo mais quente e mais rápido tapa.
Caindo em raiva sem consolo,
Sobre o consolo de suas pernas.
Minha mulher amada, meu motivo de raiva.
Santa virgem, traidora na cama.
És teu final, teus gritos no quarto.
Tu és vida, mesmo na morte.
domingo, 26 de abril de 2009
Dança de borrachos.
Guto Garcia
Sobre o que poderia falar agora?
Alem de que bom é ficar dormindo, até tarde.
Bom é amar bem cedo!
Bom é nem saber o que fazer, mas fazendo tudo.
Bom é engordar feliz, morrer do nada, que pare o coração!
Alegre é beber vinho barato e cair.
E rir como se fosse feliz!
E agora o que fazer, rir?
Não creio mais na gramática e você?
Olha no olho e esquece o porquê.
E no fim, é só o fim!
Sobre o que poderia falar agora?
Alem de que bom é ficar dormindo, até tarde.
Bom é amar bem cedo!
Bom é nem saber o que fazer, mas fazendo tudo.
Bom é engordar feliz, morrer do nada, que pare o coração!
Alegre é beber vinho barato e cair.
E rir como se fosse feliz!
E agora o que fazer, rir?
Não creio mais na gramática e você?
Olha no olho e esquece o porquê.
E no fim, é só o fim!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Evaporando
Fria, calma e muda
Ânsia o último sopro
De minha curta vida bela
Espera duradoura e melancólica
Desde o principio,
a contar do primeiro raio de luz
E daí meus minutos começarão a evaporar
Nada que valia realmente,
tem seu real valor
Nada assim já durou o suficiente
Mas quando vieres
E me deres bom motivo
Acompanharei-te eternamente
O que estarei fazendo
Com quem estarei
Quantos anos terei
Quantos terei aproveitado
Mas quando enfim for a hora
Venha com teu mais belo rosto
E nele um sorriso voraz
E a ti entregarei tudo, minha vida
Apenas a ti, minha e de mais ninguém
Minha morte.
Ânsia o último sopro
De minha curta vida bela
Espera duradoura e melancólica
Desde o principio,
a contar do primeiro raio de luz
E daí meus minutos começarão a evaporar
Nada que valia realmente,
tem seu real valor
Nada assim já durou o suficiente
Mas quando vieres
E me deres bom motivo
Acompanharei-te eternamente
O que estarei fazendo
Com quem estarei
Quantos anos terei
Quantos terei aproveitado
Mas quando enfim for a hora
Venha com teu mais belo rosto
E nele um sorriso voraz
E a ti entregarei tudo, minha vida
Apenas a ti, minha e de mais ninguém
Minha morte.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Quimera
(Guto Garcia)
Hoje eu ando em vão nas ruas mais mortas que já andei.
Minha alma tola atoa saiu aérea sem parada, sem estrada.
Entre as tumbas desses mercenários.
Caíram pelas e graças a tortas pernas.
Amanhã é ilusão passageira,
E a ilusão é para os broncos e gananciosos.
Tais mortos pelo poder de nem sei o que...
Vamos curti, pois a noite é finita,
Mesmo se essa é durante o dia!
Hoje eu ando em vão nas ruas mais mortas que já andei.
Minha alma tola atoa saiu aérea sem parada, sem estrada.
Entre as tumbas desses mercenários.
Caíram pelas e graças a tortas pernas.
Amanhã é ilusão passageira,
E a ilusão é para os broncos e gananciosos.
Tais mortos pelo poder de nem sei o que...
Vamos curti, pois a noite é finita,
Mesmo se essa é durante o dia!
Elephant Gun (Arma De Caça)
Beirut
Composição: Ryan Condon; Zach Condon
Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Eu esconderia meus sonhos debaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos até morrer, nós bebemos à noite
Longe de casa, com armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado, não está por aí
Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais
Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais
E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através da noite, a noite toda, toda a noite
E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através do silêncio, tudo o que resta é que eu me esconda
sábado, 28 de março de 2009
Prazeres a um luar
A cidade toda dorme
Eu vago por ai sozinho
Sempre a procura de bares
Emoções que não existem por aqui
Prazeres fora do alcance da minha mão
Já são mais de três da manha
Ruas vazias, mas cheias de escuridão
No deserto urbano desta noite
Pelas casas sonos tranqüilos
Sem saber que tudo nunca dura o suficiente
Já é tão tarde que já vai amanhecer
A lua que entrega seu posto ao sol
É a mesma que brilhará pra um outro alguém
Que talvez saiba aproveitar melhor um belo luar.
Eu vago por ai sozinho
Sempre a procura de bares
Emoções que não existem por aqui
Prazeres fora do alcance da minha mão
Já são mais de três da manha
Ruas vazias, mas cheias de escuridão
No deserto urbano desta noite
Pelas casas sonos tranqüilos
Sem saber que tudo nunca dura o suficiente
Já é tão tarde que já vai amanhecer
A lua que entrega seu posto ao sol
É a mesma que brilhará pra um outro alguém
Que talvez saiba aproveitar melhor um belo luar.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Le jour de parler
Guto Garcia
Hoje ela fala com os pássaros mortos de sua gaiola
No escuro de seu apartamento, meio morta, meio viva.
Fala como se sente vadia e pura.
Fala de seus dias de porre e o porquê de esta a onde esta.
Fala e fala sem por que.
Hoje ela morre com seus pássaros e morre sem saber com quem.
Fala de seus sentimentos e de sua solidão.
Fala e pergunta o motivo da morte deles.
A comida que não estava ali, a água que nunca estava ali.
De como é má no assunto, e fala por falar.
Hoje ela comemora mais um dia no escuro de seu quarto que é em qualquer lugar.
Hoje ela não sabe o que falar,
Mas fala sem parar de falar.
E como é chato não poder conversar.
Hoje fala como se nunca mais fosse falar.
Hoje ela fala com os pássaros mortos de sua gaiola
No escuro de seu apartamento, meio morta, meio viva.
Fala como se sente vadia e pura.
Fala de seus dias de porre e o porquê de esta a onde esta.
Fala e fala sem por que.
Hoje ela morre com seus pássaros e morre sem saber com quem.
Fala de seus sentimentos e de sua solidão.
Fala e pergunta o motivo da morte deles.
A comida que não estava ali, a água que nunca estava ali.
De como é má no assunto, e fala por falar.
Hoje ela comemora mais um dia no escuro de seu quarto que é em qualquer lugar.
Hoje ela não sabe o que falar,
Mas fala sem parar de falar.
E como é chato não poder conversar.
Hoje fala como se nunca mais fosse falar.
Morena
Los Hermanos - Morena
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo
É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo
É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
sexta-feira, 20 de março de 2009
Um Dia de Nostalgia
Henry Lopes
No papear com minha solidão
Toda nostalgia vem à tona
Lembrando meus discursos de 30 anos atrás
Pois eu ainda os uso
Velhas idéias que nunca mudam
Minha mãe me diz ainda: “te cuida meu filho”
Eu também já digo isso, mas são para os meus
Meu velho que morreu, nem tão velho assim
Saudades dele ainda sinto
63 outubros atrás minha mãe dava a luz
Ainda viva, muito velha, comigo mora hoje
Tempos antigos sempre recordo
Aquele primeiro amor que nunca morreu
Com outro alguém um dia se casou
Tantas outras passaram
Nenhuma durou muito
Sozinho hoje lembro me de todas
Com poucas esperanças
No mundo que há de vir
Gostava tanto de tudo que passou
Velhos hábitos que nunca se vão.
No papear com minha solidão
Toda nostalgia vem à tona
Lembrando meus discursos de 30 anos atrás
Pois eu ainda os uso
Velhas idéias que nunca mudam
Minha mãe me diz ainda: “te cuida meu filho”
Eu também já digo isso, mas são para os meus
Meu velho que morreu, nem tão velho assim
Saudades dele ainda sinto
63 outubros atrás minha mãe dava a luz
Ainda viva, muito velha, comigo mora hoje
Tempos antigos sempre recordo
Aquele primeiro amor que nunca morreu
Com outro alguém um dia se casou
Tantas outras passaram
Nenhuma durou muito
Sozinho hoje lembro me de todas
Com poucas esperanças
No mundo que há de vir
Gostava tanto de tudo que passou
Velhos hábitos que nunca se vão.
sábado, 14 de março de 2009
Sussurros no escuro
Guto Garcia.
Hoje percebo!
Quando escrever é inútil.
Ninguém lê, ninguém se sensibiliza.
Não se importam, nem querem saber.
Então porque escrever, por quê?
Já não importa, escrevo e só.
Não querem ler, escrevo para mim.
Não trará nada novo para os outros.
Escrevo só, só por escrever.
As pessoas estão nem ai para qualquer coisa que ultrapasse suas idéias limitadas.
Então eu escrevo por escrever, pela saúde de minha alienação.
Me recluso em meus pensamentos e lá fico preso.
Não há alcance, não é para ter.
O impressionante é que nem tentam,
E quando tentam passam longe.
Pode não haver motivos para isso,
Mas faço.
Não quero ser uma pessoa fechada em meu mundo,
Sem contatos sentimentais, físicos, amorosos.
Mas prefiro isso a quase tudo que os outros preferem.
Carros, mulheres fáceis, dinheiro, beberagem sem por que,
Conversas tolas as quais nem os loucos veem sentido
Agora escrevo por escrever, em meu mundo solitário.
Esse momento é só meu e não posso dividi.
As sensações são apenas minhas.
Então, se não gostas, tudo bem, Tchau!
Hoje percebo!
Quando escrever é inútil.
Ninguém lê, ninguém se sensibiliza.
Não se importam, nem querem saber.
Então porque escrever, por quê?
Já não importa, escrevo e só.
Não querem ler, escrevo para mim.
Não trará nada novo para os outros.
Escrevo só, só por escrever.
As pessoas estão nem ai para qualquer coisa que ultrapasse suas idéias limitadas.
Então eu escrevo por escrever, pela saúde de minha alienação.
Me recluso em meus pensamentos e lá fico preso.
Não há alcance, não é para ter.
O impressionante é que nem tentam,
E quando tentam passam longe.
Pode não haver motivos para isso,
Mas faço.
Não quero ser uma pessoa fechada em meu mundo,
Sem contatos sentimentais, físicos, amorosos.
Mas prefiro isso a quase tudo que os outros preferem.
Carros, mulheres fáceis, dinheiro, beberagem sem por que,
Conversas tolas as quais nem os loucos veem sentido
Agora escrevo por escrever, em meu mundo solitário.
Esse momento é só meu e não posso dividi.
As sensações são apenas minhas.
Então, se não gostas, tudo bem, Tchau!
quarta-feira, 4 de março de 2009
Pequeno conto de um duelo numa rua coberta de sangue.
Escrito por: Augusto Garcia.
Não se podia deixar de notar o clima quente de verão, vários mortos na calçada, cinco ou seis Brigadianos entre eles. Já estava perto o tiro final, mas de quem? Ali estavam enfrente Carlos Latorre e o assassino de seu pai, cuja talvez nem nome tivesse.
- O que queres? Pois tenho chumbo quente prontinho para ti, é o que posso oferecer.– Diz irônico, mas raivoso Latorre
- Viu esses corpos no chão, por que achas que teu destino será diferente? – Diz irônico o Assassino.
O olho no olho está tais inimigos ferozes, quem viverá, quem não? Na realidade o que menos importava a eles era se ia viver, mas sim quem ia morrer. Um com sua 12 e outro com um revolver na mão. A espera parece ser eterna, quem primeiro iria atirar. Mas subitamente o Assassino atira em Carlos que atrasado faz o mesmo. Com um tiro no peito Carlos vê o já sem muita noção o assassino morto com sua cabeça estraçalhada com os estilhaços de chumbo da Doze. Feliz cai já agonizando graças ao sangue perdido e o coração já sem vida.
FIM
Não se podia deixar de notar o clima quente de verão, vários mortos na calçada, cinco ou seis Brigadianos entre eles. Já estava perto o tiro final, mas de quem? Ali estavam enfrente Carlos Latorre e o assassino de seu pai, cuja talvez nem nome tivesse.
- O que queres? Pois tenho chumbo quente prontinho para ti, é o que posso oferecer.– Diz irônico, mas raivoso Latorre
- Viu esses corpos no chão, por que achas que teu destino será diferente? – Diz irônico o Assassino.
O olho no olho está tais inimigos ferozes, quem viverá, quem não? Na realidade o que menos importava a eles era se ia viver, mas sim quem ia morrer. Um com sua 12 e outro com um revolver na mão. A espera parece ser eterna, quem primeiro iria atirar. Mas subitamente o Assassino atira em Carlos que atrasado faz o mesmo. Com um tiro no peito Carlos vê o já sem muita noção o assassino morto com sua cabeça estraçalhada com os estilhaços de chumbo da Doze. Feliz cai já agonizando graças ao sangue perdido e o coração já sem vida.
FIM
terça-feira, 3 de março de 2009
Lançamento de Novo CD "Augusto e os Enfermos MTV Desplugando em Piratini
Banda criada no inicio dos anos zero do século XXI na cidade de Piratini. Têm como base de seu som, gêneros do rock como Punk, Hard core e salsa. É uma banda bem eclética, toca em qualquer Lugar, no banheiro, na garagem, no meio da rua ou numa casinha de sapé.
Seus integrantes são caucasianos, mas não estão em nenhum grupo de supremacia branca, mas também não cantam rap (ou repe) e em suas canções emotivas falam do poder dos mais fraco e na vida após a morte baseando-se no livro do senhor dos anéis e no Harry Poter.
Em sua vasta discografia, esta para ser lançado seu primeiro CD “Augusto e os Enfermos MTV Desplugando em Piratini”. Primeiro de muitos que talvez apareçam em algum blog para ser baixado ou nos camelo pra ser comprado.
Augusto e os Enfermos, a banda da Hora! (ou não)
Capa:
Contracapa:
http://www.augustoeosenfermos.com/download
Seus integrantes são caucasianos, mas não estão em nenhum grupo de supremacia branca, mas também não cantam rap (ou repe) e em suas canções emotivas falam do poder dos mais fraco e na vida após a morte baseando-se no livro do senhor dos anéis e no Harry Poter.
Em sua vasta discografia, esta para ser lançado seu primeiro CD “Augusto e os Enfermos MTV Desplugando em Piratini”. Primeiro de muitos que talvez apareçam em algum blog para ser baixado ou nos camelo pra ser comprado.
Augusto e os Enfermos, a banda da Hora! (ou não)
Capa:
Contracapa:
http://www.augustoeosenfermos.com/download
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Porrão
Henry Lopes
A casa toda dorme
Orgias de idéias que acontecem na tua cabeça
Plataformas de luzes delirantes que nada iluminam
Delírios assim não tem linha de chegada nem ponto de partida tanto quanto um objetivo
Delírios de um mortal que mostrou o caminho para o éden eterno
Visões que jamais poderíamos ter
Glorias de um passado irreal
Breve momento de lucidez, visão de uma verdade que não é minha
Segundos iluminados foi o que vi.
A casa toda dorme
Orgias de idéias que acontecem na tua cabeça
Plataformas de luzes delirantes que nada iluminam
Delírios assim não tem linha de chegada nem ponto de partida tanto quanto um objetivo
Delírios de um mortal que mostrou o caminho para o éden eterno
Visões que jamais poderíamos ter
Glorias de um passado irreal
Breve momento de lucidez, visão de uma verdade que não é minha
Segundos iluminados foi o que vi.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Americano.
Guto Garcia
Quem sou, alem de um latino
Herdeiro de Che e Bolívar.
Na terra mais castelhana das terras dos Braganças
Sou mais, louco sem eira nem beira.
Sou mais um entre mortais,
Sou o resto de uma geração de restos.
Sou o orgulho de um sistema sujo.
Sou o que deu pra ser.
Sou o inicio de um final,
Final dos tempos de luz,
Agora vejas só dor.
Numa America latina sem cara, sem graça.
Sou filho sem orgulho,
Sou pai sem filhos.
Numa pátria de uma geração sem Bela época.
Sofreremos apenas a depressão.
Sofreremos pelas decisões de outros.
É perecer pelo próprio “ritmo próprio”.
Sem graça, e de que vale o carnaval?
Dão-me apenas dividas e correções a fazer.
Quem sou, alem de um latino
Herdeiro de Che e Bolívar.
Na terra mais castelhana das terras dos Braganças
Sou mais, louco sem eira nem beira.
Sou mais um entre mortais,
Sou o resto de uma geração de restos.
Sou o orgulho de um sistema sujo.
Sou o que deu pra ser.
Sou o inicio de um final,
Final dos tempos de luz,
Agora vejas só dor.
Numa America latina sem cara, sem graça.
Sou filho sem orgulho,
Sou pai sem filhos.
Numa pátria de uma geração sem Bela época.
Sofreremos apenas a depressão.
Sofreremos pelas decisões de outros.
É perecer pelo próprio “ritmo próprio”.
Sem graça, e de que vale o carnaval?
Dão-me apenas dividas e correções a fazer.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Tando um do outro
Henry Lopes
Esparço no espaço sideral
Entre teus braços é que nunca sei onde estou
Contigo nada é tão parecido
Na janela de teu quarto me perdi no teu corpo
Tanto que não te disse, nem fui eu
Tu que não sabe quase nada de ti
Eu que não sei quase nada de mim
Nós que sabemos tanto um do outro
Cúmplices em um crime qualquer
Assassinato de alguém que gostava
Morte de um amor que tu me tiraste.
Esparço no espaço sideral
Entre teus braços é que nunca sei onde estou
Contigo nada é tão parecido
Na janela de teu quarto me perdi no teu corpo
Tanto que não te disse, nem fui eu
Tu que não sabe quase nada de ti
Eu que não sei quase nada de mim
Nós que sabemos tanto um do outro
Cúmplices em um crime qualquer
Assassinato de alguém que gostava
Morte de um amor que tu me tiraste.
Conjugação do Verbo
Henry Lopes
Existir contigo
Sim eu existo
Tu comigo existes
Ele existe junto a ela
Juntos nós sempre existimos
Vós existis para sempre
Eles sempre existem comigo
Então vamos continuar existindo.
Existir contigo
Sim eu existo
Tu comigo existes
Ele existe junto a ela
Juntos nós sempre existimos
Vós existis para sempre
Eles sempre existem comigo
Então vamos continuar existindo.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Contemplação do nada.
Guto Garcia.
Agora inverto o tempo, vejo numa casa toda aberta,
Nela estava dentro não só o vento, a apatia de vidas.
Agora meço vento, em rosto mórbido.
Não penso, não reajo, inerte ao tempo e espaço.
Todas as comparações com o fim são só comparações.
É só um tempo, plano, um ato sem pretensões de sucesso.
Não pode haver um sussurro, um gemido.
É um momento de contemplação da solidão.
Qualquer recordação, mera lembrança sem intenção
É perca de tempo, destruiria o momento.
Agora sou só eu e o vento.
Se na porta agora entrasse alguém, quem for, seria o fim.
Dobro o ar em mil formas, lhe quebro com meu corpo.
Num momento o mundo não existe mais,
Estou só e nada, só comigo.
Na saudade o branco do esquecimento. E só!
O amanhã não existe, o ontem nunca ocorreu.
O Hoje é uma epnéia do nada.
O final não existe, pois o começo nunca existiu.
Pelo menos agora tudo é assim.
Agora inverto o tempo, vejo numa casa toda aberta,
Nela estava dentro não só o vento, a apatia de vidas.
Agora meço vento, em rosto mórbido.
Não penso, não reajo, inerte ao tempo e espaço.
Todas as comparações com o fim são só comparações.
É só um tempo, plano, um ato sem pretensões de sucesso.
Não pode haver um sussurro, um gemido.
É um momento de contemplação da solidão.
Qualquer recordação, mera lembrança sem intenção
É perca de tempo, destruiria o momento.
Agora sou só eu e o vento.
Se na porta agora entrasse alguém, quem for, seria o fim.
Dobro o ar em mil formas, lhe quebro com meu corpo.
Num momento o mundo não existe mais,
Estou só e nada, só comigo.
Na saudade o branco do esquecimento. E só!
O amanhã não existe, o ontem nunca ocorreu.
O Hoje é uma epnéia do nada.
O final não existe, pois o começo nunca existiu.
Pelo menos agora tudo é assim.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
As Tartarugas Astrais
Henry Lopes
Tartarugas voadoras,
tão velozes quanto o sêmen de Aristóteles
jorrando em meio as pernas de Maria Madalena
apenas mais uma Maria nas esquinas da galáxia
São como rodas de samba underground,
que nunca deixaram de acontecer na luz
de um olhar maléfico encarnado no corpo do espírito
Tartarugas realmente rápidas
Idéias nem tanto, verbos com poucas virgulas
acabam se misturando dentro da galáxia, dela,
ninguém menos que a própria Maria Madalena
a primeira mulher a receber a porra sagrada,
do grande Jesus Cristo, aquele que tudo pode
Tartarugas incríveis estás são
Moram na ilha de lost, junto ao padre voador,
o qual ninguém mais viu, mas está lá,
uma outra galáxia, um dia ela será encontrada
junto a ela todas as tartarugas
Sim, elas realmente voam.
Tartarugas voadoras,
tão velozes quanto o sêmen de Aristóteles
jorrando em meio as pernas de Maria Madalena
apenas mais uma Maria nas esquinas da galáxia
São como rodas de samba underground,
que nunca deixaram de acontecer na luz
de um olhar maléfico encarnado no corpo do espírito
Tartarugas realmente rápidas
Idéias nem tanto, verbos com poucas virgulas
acabam se misturando dentro da galáxia, dela,
ninguém menos que a própria Maria Madalena
a primeira mulher a receber a porra sagrada,
do grande Jesus Cristo, aquele que tudo pode
Tartarugas incríveis estás são
Moram na ilha de lost, junto ao padre voador,
o qual ninguém mais viu, mas está lá,
uma outra galáxia, um dia ela será encontrada
junto a ela todas as tartarugas
Sim, elas realmente voam.
Torturante
Henry Lopes
O poeta com seu 12 anos
Na tortura psicológica diária
Morrendo aos pocados
Seu cigarro não o deixara
Aproveita o comercial da tv
Fugindo da realidade tosca.
O poeta com seu 12 anos
Na tortura psicológica diária
Morrendo aos pocados
Seu cigarro não o deixara
Aproveita o comercial da tv
Fugindo da realidade tosca.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Adão Latorre
Guto Garcia.
Em seu olhar estampada a frieza
De um Homem de varias mortes.
Negro de grande poder,
Tenente Coronel para brancos fazendeiros.
No Uruguai fez homem livre,
Nascido na África, no Brasil.
Com 17 fez dono de seu destino,
Maragato de peito largo.
Pela volta das missões levou mais de 300 almas
Com sua faca em meio de goelas chimangas.
Pelos quais os matariam em Dom Pedrito.
O Negro Perigoso, os assassinos falaram em Jornais:
“Bendita seja! Mil vezes bendita seja,
A bala que para sempre levou dos vivos, O negro perigoso”
Em meios de 1924 morre já com 83 anos
Negro bandido, marido e pai de dez filhos.
Vai um verdadeiro caudilho.
Senhor das degolas, senhor de uma guerra.
Em seu olhar estampada a frieza
De um Homem de varias mortes.
Negro de grande poder,
Tenente Coronel para brancos fazendeiros.
No Uruguai fez homem livre,
Nascido na África, no Brasil.
Com 17 fez dono de seu destino,
Maragato de peito largo.
Pela volta das missões levou mais de 300 almas
Com sua faca em meio de goelas chimangas.
Pelos quais os matariam em Dom Pedrito.
O Negro Perigoso, os assassinos falaram em Jornais:
“Bendita seja! Mil vezes bendita seja,
A bala que para sempre levou dos vivos, O negro perigoso”
Em meios de 1924 morre já com 83 anos
Negro bandido, marido e pai de dez filhos.
Vai um verdadeiro caudilho.
Senhor das degolas, senhor de uma guerra.
Mais um dia.
Guto Garcia
Hoje à noite estou sem direção.
Mas para onde vai todas as direções?
Hoje a grande e sonora escuridão
Tenta acalmar essa chuva incomum.
Queria te tocar, te olhar.
Hoje estou sentindo tudo se deslocar.
Sinto a vibração, vejo a escuridão.
Sinto a água escoar, sempre na mesma direção.
Na escuridão transparece a solidão
E a vela a iluminar só o que se vê
E a luz de repente chega numa explosão
A revelar e a denunciar
Que você não vem.
E mais dias a esperar, nessa escuridão.
Hoje à noite estou sem direção.
Mas para onde vai todas as direções?
Hoje a grande e sonora escuridão
Tenta acalmar essa chuva incomum.
Queria te tocar, te olhar.
Hoje estou sentindo tudo se deslocar.
Sinto a vibração, vejo a escuridão.
Sinto a água escoar, sempre na mesma direção.
Na escuridão transparece a solidão
E a vela a iluminar só o que se vê
E a luz de repente chega numa explosão
A revelar e a denunciar
Que você não vem.
E mais dias a esperar, nessa escuridão.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
O Perdedor
Henry Lopes
O quintal da tua casa é mais bonito
Tua TV passa os melhores programas
Teu carro é mais rápido que o meu
Não, eu não sou um descontente
Tua mulher transa melhor que a minha
Teus filhos são mais inteligentes
Teu cachorro não mija no tapete
Não, eu não sou um descontente
Teu chefe não te enxe o saco todo dia
Teu emprego paga melhor que o meu
Teus clientes são fieis
Não, eu não sou um descontente
Puta que pariu
Sim, eu sou um infeliz.
O quintal da tua casa é mais bonito
Tua TV passa os melhores programas
Teu carro é mais rápido que o meu
Não, eu não sou um descontente
Tua mulher transa melhor que a minha
Teus filhos são mais inteligentes
Teu cachorro não mija no tapete
Não, eu não sou um descontente
Teu chefe não te enxe o saco todo dia
Teu emprego paga melhor que o meu
Teus clientes são fieis
Não, eu não sou um descontente
Puta que pariu
Sim, eu sou um infeliz.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Quintal das Ilusões
Henry Lopes
Senhoras e senhores
é aqui que tudo sempre aconteceu
nossas vidas apostadas em um jogo
quanto vale a tua, quanto vale a minha,
alguma vale mais ou ambas valem nada
quanto tempo tem até tudo acabar
quanto tempo tem até algo começar
será que vai valer a pena
ou será que a pena vai chegar
será que lá vamos sofrer
ou será que lá nem vamos estar
o dia vem da onde, pra onde que ele vai
onde é que tudo começou, aonde vai ter fim
pra que serve um dia, dentro do mês inteiro
o mês dentro do ano, o ano dentro de nós
quanto vale a vida, quanto vale o mundo
uma vontade divina é quem decide tudo
é o que todos dizem, mas no final é tudo igual
poeira numa caixa de madeira
enterrada a sete palmos
no quintal das ilusões.
Senhoras e senhores
é aqui que tudo sempre aconteceu
nossas vidas apostadas em um jogo
quanto vale a tua, quanto vale a minha,
alguma vale mais ou ambas valem nada
quanto tempo tem até tudo acabar
quanto tempo tem até algo começar
será que vai valer a pena
ou será que a pena vai chegar
será que lá vamos sofrer
ou será que lá nem vamos estar
o dia vem da onde, pra onde que ele vai
onde é que tudo começou, aonde vai ter fim
pra que serve um dia, dentro do mês inteiro
o mês dentro do ano, o ano dentro de nós
quanto vale a vida, quanto vale o mundo
uma vontade divina é quem decide tudo
é o que todos dizem, mas no final é tudo igual
poeira numa caixa de madeira
enterrada a sete palmos
no quintal das ilusões.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O final de Vinte e Três.
Guto Garcia
Numa fazenda, na querência de Tempos.
Velho senhor olha o pampa,
Cuja não reconhece mais.
Filho de 23, nascido antes.
Viu tamanho embate.
Filho de herança Maragata.
Sulino, gaúcho.
Herdeiro do Charque,
Qual já viera fortunas.
Viu transparecer os últimos caudilhos.
Borges de Medeiros, herdeiro de Castilho,
Getúlio, Brizola.
Agora já não os vê mais.
Como Suas rugas quase centenárias
Viu o sumiço de sua raça.
Campeira, valente, rústica, maragata.
Num forte soprar do Minuano
Nascido no ultimo embate
Perdeu o auge, sobrou a queda.
O Rio Grande já não é tão grande
Governado por outros.
Mas hoje, já fraco, não importa.
Viu quase um século de história,
Mas nesse já não verá mais,
Morrerá junto com este Rio Grande
Que Hoje não se acha mais.
Numa fazenda, na querência de Tempos.
Velho senhor olha o pampa,
Cuja não reconhece mais.
Filho de 23, nascido antes.
Viu tamanho embate.
Filho de herança Maragata.
Sulino, gaúcho.
Herdeiro do Charque,
Qual já viera fortunas.
Viu transparecer os últimos caudilhos.
Borges de Medeiros, herdeiro de Castilho,
Getúlio, Brizola.
Agora já não os vê mais.
Como Suas rugas quase centenárias
Viu o sumiço de sua raça.
Campeira, valente, rústica, maragata.
Num forte soprar do Minuano
Nascido no ultimo embate
Perdeu o auge, sobrou a queda.
O Rio Grande já não é tão grande
Governado por outros.
Mas hoje, já fraco, não importa.
Viu quase um século de história,
Mas nesse já não verá mais,
Morrerá junto com este Rio Grande
Que Hoje não se acha mais.
Destinos Soltos ao Nada
Henry Lopes
Milhares de destinos
Nesta cidade antiga
Todos podem ser um
Um pode ser muitos
Todos se unem ou se separam
Taxis rodam por ai
Jovens a procura de qualquer diversão
Nesta noite clara, neste dia escuro
Um tufão de flores, primavera de gelo
Versos que não nascem
Parques cheios de nada
Vazios de qualquer coisa
Dias atoas em que tudo fica
Nem ai...
Milhares de destinos
Nesta cidade antiga
Todos podem ser um
Um pode ser muitos
Todos se unem ou se separam
Taxis rodam por ai
Jovens a procura de qualquer diversão
Nesta noite clara, neste dia escuro
Um tufão de flores, primavera de gelo
Versos que não nascem
Parques cheios de nada
Vazios de qualquer coisa
Dias atoas em que tudo fica
Nem ai...
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Recém Chegado
Bom, essa primeira postagem é apenas para agradecer o convite ao amigo Guto Garcia que a partir de agora será meu companheiro de blog, pois estarei postando alguns rascunhos como ele próprio se referiu a minhas escritas, realmente humildes textos que pouco tem a dizer...apenas algumas idéias pensantes escritas em momentos de ócio.
O objetivo é contribuir com está dor de cabeça, talvez conquistar mais alguns leitores, o que seria otimismo da minha parte.
Ele escreve melhor que eu, o que é lógico que todos notaram com o passar do tempo, ele sabe disso mas me convidou mesmo assim. Então aguenta que eu vou ficar por aqui.
Obrigado Guto
Um Abraço a Todos!
O objetivo é contribuir com está dor de cabeça, talvez conquistar mais alguns leitores, o que seria otimismo da minha parte.
Ele escreve melhor que eu, o que é lógico que todos notaram com o passar do tempo, ele sabe disso mas me convidou mesmo assim. Então aguenta que eu vou ficar por aqui.
Obrigado Guto
Um Abraço a Todos!
Pintura de René Magritte
Bicicleta
Pública
Composição: Pedro Metz
Comprei uma bicicleta, para ir viajar
Bicicleta na linha do horizonte, lá depois do mar
com um pouco de coragem, eu entro na viagem
com os amigos, com as garotas
A porta aberta e alguns dirão live for you toys
Eu comprei uma bicicleta para ir viajar
O céu está bonito, o espaço cintilante
Odisséia lunar
E eu nunca mais deixei de brincar com a bicicleta, eu nunca mais.
Entre portas e segredos, eu vou vivendo pro agora.
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