terça-feira, 4 de maio de 2010

Na sua noite mais longa.

Augusto Duarte Garcia

Com toda sua patifaria, ela se rende a uma noite intensa de amor,
Sob o corpo que desejava ardentemente,
Vendia sua honra, vadia sem culpa e preocupação.

“- Como queres?” ela diz.
“-Pois o que está aqui é seu!”
Sem vergonha, sem respeito.

Com os corpos enroscados, nus
Em pró de seu gozo,
Na culpa do prazer,
Na ameaça da difamação.


Porém tudo se apaga no vai e vem dos corpos,
Na penetração aguda do prazer,
No arranhar da pele do companheiro.
Na luxúria do amor!