segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Quintal das Ilusões

Henry Lopes

Senhoras e senhores
é aqui que tudo sempre aconteceu
nossas vidas apostadas em um jogo

quanto vale a tua, quanto vale a minha,
alguma vale mais ou ambas valem nada
quanto tempo tem até tudo acabar
quanto tempo tem até algo começar

será que vai valer a pena
ou será que a pena vai chegar
será que lá vamos sofrer
ou será que lá nem vamos estar
o dia vem da onde, pra onde que ele vai
onde é que tudo começou, aonde vai ter fim
pra que serve um dia, dentro do mês inteiro
o mês dentro do ano, o ano dentro de nós

quanto vale a vida, quanto vale o mundo
uma vontade divina é quem decide tudo
é o que todos dizem, mas no final é tudo igual
poeira numa caixa de madeira
enterrada a sete palmos
no quintal das ilusões.

4 comentários:

  1. BEm reflexiva, fala do valor da vida, e talves da unica verdade na qual tentamos lutar contra e sempre perdemos, a morte.

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  2. Belo poema..Corremos tanto numa busca frenética por coisas materiais que acabamos transformando as nossas vidas em só desgraças, como doênças, vícios, etc.

    Abraços,
    ótima semana.

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  3. no final tudo que é matéria se deteriora... é mais fácil manter o que está na mente do que o que está nas mãos... e ainda assim por vezes optamos pelo materialismo...

    boa dupla!
    boa sorte no blog!!!

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  4. Bela reflexão! Mas a vida tem outra dimensão pouco conhecida. Não estamos aqui por acaso e não caminhamos em direção ao nada. Parabéns! Claudiomar

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