sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Adão Latorre

Guto Garcia.

Em seu olhar estampada a frieza
De um Homem de varias mortes.
Negro de grande poder,
Tenente Coronel para brancos fazendeiros.

No Uruguai fez homem livre,
Nascido na África, no Brasil.
Com 17 fez dono de seu destino,
Maragato de peito largo.

Pela volta das missões levou mais de 300 almas
Com sua faca em meio de goelas chimangas.
Pelos quais os matariam em Dom Pedrito.
O Negro Perigoso, os assassinos falaram em Jornais:
“Bendita seja! Mil vezes bendita seja,
A bala que para sempre levou dos vivos, O negro perigoso”

Em meios de 1924 morre já com 83 anos
Negro bandido, marido e pai de dez filhos.
Vai um verdadeiro caudilho.
Senhor das degolas, senhor de uma guerra.

4 comentários:

  1. Texto forte, hostória realista contudente, Muito bom...Tem algo de O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, que reconstitui uma época de importância na cultura brasileira, a partir da formação do Rio Grande do Sul.

    Amigão,
    um abraço e boa semana!

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  2. droga, essa nao tem como eu fazer uma comparação alcolica...

    mas eh boa mesmo assim!

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  3. Ainda bem que ele morreu!
    SE hoje Adão Latorre fosse vivo muita gente estaria sem guela.
    Tens muita imaginação.
    Continua...
    Beijos.

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  4. Adão Latorre, Maragato, Heroi Gaúcho.
    Negro Adão, morto em combate
    Aos 83 anos de idade
    Quem me dera hoje houvessem mais Gaúchos como tu.
    Que não tem dó da goela dos caramurus
    nem de lutar por Liberdade!

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