segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O inacreditável real.
Guto Garcia.

O Surrealismo define a vida com sua totalidade de realidade.
E como não?
O arrocho de viver, o seu sofrimento.
Uma maioria sofredora, e alguns porcos donos de tudo.
Isso não pode ser real, mas é!

O ideal de sofrimento para trazer a gloria da absolvição.
Um pensamento medieval, mas que ainda se arrisca a existir,
Com todo fôlego de um ideal liberal,
Enquanto ideologias de uma sociedade igualitária e benevolente é dada como impossível.
E mais, seus admiradores chamados de criminosos ou loucos.

Corrupção a solta e os únicos presos são ladrões de galinha,
E a cada dois anos a maior parte da população dá amém e se cala.
Isso é surreal, mas acontece.
Lideres opressores falam de democracia na marra, e em nome de Deus!
Isso é heresia, mas está tudo bem, é a América!

Quando estudantes pendem mais educação e democracia,
São chamados de criminosos, baderneiros e viram chacota da novela das oito.
A bolsa escola vira projeto para reeleição e o terceiro mandato vira uma possibilidade.
E a população diz em couro “isso não é problema meu”, pois se calam.

Isso é uma miragem, imaginação, um pesadelo...
... Deveria, mas o mundo é surreal, o impossível acontece,
Desde que seja algo completamente desastroso,
Vivemos em um conto de fadas, mas não somos os príncipes ou princesas,
Talvez os cavalos, empregados, ou melhor a bruxa ou lobo, a bicha, o chapado, sei lá, a puta, o ignorante, o burro de carga, o guri de rua, o pobre!

Até porque o problema do Brasil é os negros, índios e os brancos pobres.
A burguesia que nos trata como escravos não!
E a incoerência, o irreal, o devaneio é tudo que mais respiramos,
O que somos, e que vivemos.

A fantasia negra de viver!