Guto Garcia
O silêncio retumba pela casa inteira.
Um silêncio com cheiro de morte,
Com gosto de morte,
Silêncio puro, porém aterrorizador.
As paredes se movimentam,
Modificando os espaços da casa,
Criando mil e um labirintos de solidão.
Num crepúsculo de sentido, de sanidade.
A escuridão também pura surge e apaga o ultimo gesto de humanidade
Agora a loucura contamina meu corpo, minha mente.
Estou puro de lucides, limpo.
Nesta casa satânica, minha mente derrete no caldeirão surreal da loucura.
Bebo o néctar mais impuro e pestilento já provado.
Como da carne mais podre que vi,
Junto com larvas mais protuberantes que há.
Na noite mais terrível que tive.
Neste sonho mais real ou na realidade dos sonhos.
Onde entro num mundo em que a mente se perde
Onde não há mais o real, só as alucinações mais vis.
E no fundo escuto o som dos foguetes,
Mas tão distante que não posso ver, achar.
Nesta odisséia demoníaca que me deparo,
10 anos no inferno, em mil infernos.
Onde cada dia é um século!
O ostracismo de meu corpo é proporcional a o meu cansaço
De está nesta casa maldita.
Nesta noite vil!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Irei ao céu
Augusto Garcia.
Galgo o céu celeste,
Sinto o vento que toca docemente meu rosto,
Fico acomodado pela grama que me acomoda como se fosse uma concha.
O sol que ofusca meus olhos é o mesmo que aquecia meu corpo antes do inverno.
Fico aqui a te olhar, tão perto, mas tão longe,
Fico a admirar tua imensidão azul que com minha mente mergulho.
Como posso não te perceber, como posso te negar, se és tão maior que eu?
Infinito, além, muito mais que além do que sinto tu és.
Então eu galgo o céu ao qual não posso alcançar.
O qual parece querer me levar com o vento,
O qual parece que irei cai, até ti... imensidão azul.
Galgo o céu celeste,
Sinto o vento que toca docemente meu rosto,
Fico acomodado pela grama que me acomoda como se fosse uma concha.
O sol que ofusca meus olhos é o mesmo que aquecia meu corpo antes do inverno.
Fico aqui a te olhar, tão perto, mas tão longe,
Fico a admirar tua imensidão azul que com minha mente mergulho.
Como posso não te perceber, como posso te negar, se és tão maior que eu?
Infinito, além, muito mais que além do que sinto tu és.
Então eu galgo o céu ao qual não posso alcançar.
O qual parece querer me levar com o vento,
O qual parece que irei cai, até ti... imensidão azul.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Caminhada matutina
(Henry Lopes)
Pela manha, logo cedo
caminhei entre os mortos
procurei concelhos prévios
quis me esclarecer
Mortos talvez sábios
santos, nem sempre
antigos ou recentes
de todas as crenças
Tentei acreditar
mas nada me disseram
Caminhei entre os mortos
inutilmente.
Pela manha, logo cedo
caminhei entre os mortos
procurei concelhos prévios
quis me esclarecer
Mortos talvez sábios
santos, nem sempre
antigos ou recentes
de todas as crenças
Tentei acreditar
mas nada me disseram
Caminhei entre os mortos
inutilmente.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
No Serro.
Guto Garcia
No serro, com meu mate amargo,
Sobre os animais que pastam,
Sob o céu cinza de julho, “lá vem chuva”.
No frio cortante estou posto sobre o serro.
Olho o campo verde, vendo a dança da grama com o vento,
Os cucurutos rebolam desajeitados.
Com meu mate bem quente, olho o gado,
Olho pro céu que prenuncia temporal.
Vejo lá do serro, bem cedo.
E o vento que parenta querer me emburrar.
E o mate que me consola do frio,
E o gado que parece não se importar.
Levo o gado de lá,
Abrigar da chuva que vem forte,
E me abrigo na casa que fica do lado do serro.
Eu e meu mate.
No serro, com meu mate amargo,
Sobre os animais que pastam,
Sob o céu cinza de julho, “lá vem chuva”.
No frio cortante estou posto sobre o serro.
Olho o campo verde, vendo a dança da grama com o vento,
Os cucurutos rebolam desajeitados.
Com meu mate bem quente, olho o gado,
Olho pro céu que prenuncia temporal.
Vejo lá do serro, bem cedo.
E o vento que parenta querer me emburrar.
E o mate que me consola do frio,
E o gado que parece não se importar.
Levo o gado de lá,
Abrigar da chuva que vem forte,
E me abrigo na casa que fica do lado do serro.
Eu e meu mate.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Verão, fervor da certeza incerta.
Guto Garcia
No suor... no cansaço... na miragem de algo melhor...
Não sinto mais nada além da raiva que tonteia.
Sob a mais aflita e cansativa dor, não aceite, é o que falo para mim, não aceite!
Como posso agüentar, como posso aceitar,
A agonia que rasca a alma, cega.
Minhas mãos me falam de seus desejos,
Revelam-me seu lado mais sombrio,
E eu mergulho em sua dor, em seu fervor.
Agora estou atrás do poder que aminha fome deseja,
Agora poucas sensações me guiam, eu me deixo mergulhar.
O meu corpo ferver e só tende a queimar mais.
Cego, vou em frente sem mais nada perceber.
Comigo revelo planos, arquiteto coisas...
Sou um poço de dor e desejos,
Objeto de minha raiva, neste calor que me enfurece mais.
Não há fala, quando cada fez me aproximo do que anseio.
Sigo rente, alucinado, com esse sentimento,
Não há mais nada em volta, não há ar nem vida além da que cobiço.
E quando chego já sei o que fazer.
Já sei como deve acabar...
No suor... no cansaço... na miragem de algo melhor...
Não sinto mais nada além da raiva que tonteia.
Sob a mais aflita e cansativa dor, não aceite, é o que falo para mim, não aceite!
Como posso agüentar, como posso aceitar,
A agonia que rasca a alma, cega.
Minhas mãos me falam de seus desejos,
Revelam-me seu lado mais sombrio,
E eu mergulho em sua dor, em seu fervor.
Agora estou atrás do poder que aminha fome deseja,
Agora poucas sensações me guiam, eu me deixo mergulhar.
O meu corpo ferver e só tende a queimar mais.
Cego, vou em frente sem mais nada perceber.
Comigo revelo planos, arquiteto coisas...
Sou um poço de dor e desejos,
Objeto de minha raiva, neste calor que me enfurece mais.
Não há fala, quando cada fez me aproximo do que anseio.
Sigo rente, alucinado, com esse sentimento,
Não há mais nada em volta, não há ar nem vida além da que cobiço.
E quando chego já sei o que fazer.
Já sei como deve acabar...
domingo, 14 de novembro de 2010
Veracidade
(Henry Lopes)
A despedida tem sido suave
a chegada tão sem valor
A angustia é sincera
enquanto o calor da alegria
mente descaradamente
O poeta que narra contente
se ilude, mente a si
A poesia não é calorosa
desilusão, medo e dor
são pura verdade
poesia lucida.
A despedida tem sido suave
a chegada tão sem valor
A angustia é sincera
enquanto o calor da alegria
mente descaradamente
O poeta que narra contente
se ilude, mente a si
A poesia não é calorosa
desilusão, medo e dor
são pura verdade
poesia lucida.
Diálogo
(Henry Lopes)
-Eu tenho olhado o blog de vocês e nada teu Henry
O engraçado é que não é por vos querer esconder
A culpa é da tal inspiração: -ela não bate mais! caraio
-Faz tempo que tu não escreve
Um amigo disse. Ele tava bêbado
Eu também. É irrelevante
É pura verdade, sou pura perda de tempo
Claro que a principio a culpa era dela
Mas ela...ela quer que eu me...
Ah vai saber!
O álcool sempre foi meu porta voz
Não sou um bêbado
Não tenho como sustentar tal luxo
Mas o álcool
Sempre foi porta-voz de minhas verdades
A variação disso, daquilo ou ela
Vem encontrar sempre ao que irá, do verbo ir
Talvez um dia.
-Eu tenho olhado o blog de vocês e nada teu Henry
O engraçado é que não é por vos querer esconder
A culpa é da tal inspiração: -ela não bate mais! caraio
-Faz tempo que tu não escreve
Um amigo disse. Ele tava bêbado
Eu também. É irrelevante
É pura verdade, sou pura perda de tempo
Claro que a principio a culpa era dela
Mas ela...ela quer que eu me...
Ah vai saber!
O álcool sempre foi meu porta voz
Não sou um bêbado
Não tenho como sustentar tal luxo
Mas o álcool
Sempre foi porta-voz de minhas verdades
A variação disso, daquilo ou ela
Vem encontrar sempre ao que irá, do verbo ir
Talvez um dia.
sábado, 6 de novembro de 2010
Inverno, a Odisséia sem fim: Uma viagem para o Branco, insólito, frio e solitário inferno que jamais outro homem viu.
Guto Garcia
E através do horizonte, aflito e só.
Olhando cada nó, num pedido...
Ao meio dessa imensidão fria eu não sei...
... não sei se há norte-sul, baixo-alto.
Não sei se realmente estou a olhar,
Não creio que possa ver você a me olhar
Neste branco junto do cinza do céu
Não há dimensão de chão ou ar.
E cada nó que tem se aqui, eu nem sei se estou a sofrer ou dormir
Só sei que sinto um beliscão,
Sei que sinto solidão!
E cada momento que olho para frente menos sei se estou indo há você
Cada vez que ando menos sei se estou a andar
Eu não sei... não sei... não sei!
Só sei que aonde chegar, quero dormir num quente e fofo sofá.
Mas só sinto uma angustia crescente, que avança, avança...
Não há mais dor, não há mais ar,
Vou avante, nem sabendo se é para frente que vou!
E através do horizonte, aflito e só.
Olhando cada nó, num pedido...
Ao meio dessa imensidão fria eu não sei...
... não sei se há norte-sul, baixo-alto.
Não sei se realmente estou a olhar,
Não creio que possa ver você a me olhar
Neste branco junto do cinza do céu
Não há dimensão de chão ou ar.
E cada nó que tem se aqui, eu nem sei se estou a sofrer ou dormir
Só sei que sinto um beliscão,
Sei que sinto solidão!
E cada momento que olho para frente menos sei se estou indo há você
Cada vez que ando menos sei se estou a andar
Eu não sei... não sei... não sei!
Só sei que aonde chegar, quero dormir num quente e fofo sofá.
Mas só sinto uma angustia crescente, que avança, avança...
Não há mais dor, não há mais ar,
Vou avante, nem sabendo se é para frente que vou!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Primavera, no fim de tarde.
Augusto Garcia.
No fim daquela tarde, sob a luz de caramelo que se punha sob o céu.
Ao qual muito próximo de um belo tapete de gramas verde fusco.
Eu me punha a deitar-me sobre nuvens feitas de algodão doce.
Pensando em nosso ultimo esplêndido e doce beijo.
Num dúbio cenário urbano, num fervor de buzinas e faróis.
Que pena...
Numa tórrida demonstração de amor, num lugar tão precário.
Porém penso que possa ser o mais brilhante lugar,
Pois ao meio do amontoado de ferro e pessoas, tão frio quando possam ser,
Possa, mais do que nunca, mais forte que o mais estúpido temporal,
Mais do que mais, transparecer e contrastar tamanho amor com tão dúbio lugar.
Quando me deliciava em tão belos e saborosos lábios,
Os outros se pregavam a sua usura diária, atrás, sempre atrás.
Quando pedia ao tempo que ele parasse.
Ele sempre pedindo para que ele voasse.
Naquele instante senti o que muitos querem sem saber,
O que provavelmente corremos tanto sem saber o que é...
O mais admirável e singelo, que está além do infinito.
O meu paraíso, o meu santuário, minha santidade.
Pois todos querem é um lugar,
Onde possam ficar nus por completo,
Só com o amor, para se deliciar, sem temer, sem preocupar.
Um lugar de paz, sem o inferno de cada um,
Que carregam consigo, todos os dias.
E mais que possam me dizer que possa achar e outro lugar,
Só com uma senti tão fantástico sabor, com tanta paz e amor.
No fim daquela tarde, sob a luz de caramelo que se punha sob o céu.
Ao qual muito próximo de um belo tapete de gramas verde fusco.
Eu me punha a deitar-me sobre nuvens feitas de algodão doce.
Pensando em nosso ultimo esplêndido e doce beijo.
Num dúbio cenário urbano, num fervor de buzinas e faróis.
Que pena...
Numa tórrida demonstração de amor, num lugar tão precário.
Porém penso que possa ser o mais brilhante lugar,
Pois ao meio do amontoado de ferro e pessoas, tão frio quando possam ser,
Possa, mais do que nunca, mais forte que o mais estúpido temporal,
Mais do que mais, transparecer e contrastar tamanho amor com tão dúbio lugar.
Quando me deliciava em tão belos e saborosos lábios,
Os outros se pregavam a sua usura diária, atrás, sempre atrás.
Quando pedia ao tempo que ele parasse.
Ele sempre pedindo para que ele voasse.
Naquele instante senti o que muitos querem sem saber,
O que provavelmente corremos tanto sem saber o que é...
O mais admirável e singelo, que está além do infinito.
O meu paraíso, o meu santuário, minha santidade.
Pois todos querem é um lugar,
Onde possam ficar nus por completo,
Só com o amor, para se deliciar, sem temer, sem preocupar.
Um lugar de paz, sem o inferno de cada um,
Que carregam consigo, todos os dias.
E mais que possam me dizer que possa achar e outro lugar,
Só com uma senti tão fantástico sabor, com tanta paz e amor.
sábado, 11 de setembro de 2010
Rótulos.
Guto Garcia
Sempre morro um pouco, pelo menos uma ou duas vezes por dia,
Na solidão que me imponho.
O vazio que se alastra pelo corpo, corrói minhas esperanças, Alma.
A apatia que o momento cria uma camada protetora de sentimentos.
Deixa o ar mais pesado e os sorrisos mais raros.
O pior nisso é que não me sinto a vontade para retirar essa capa.
A hostilidade que paira próxima não me deixa confiar.
Tenho que ter cuidado, pois os inimigos são ligeiros,
São próximos, letais...
Por isso posso confiar em poucos, sem respeitar muito os rótulos,
Pois são os rótulos que enganam na maior parte do tempo.
Mas não posso esquecê-los, pois é onde esta a verdade na maioria das vezes...
...Nos rótulos!
Sempre morro um pouco, pelo menos uma ou duas vezes por dia,
Na solidão que me imponho.
O vazio que se alastra pelo corpo, corrói minhas esperanças, Alma.
A apatia que o momento cria uma camada protetora de sentimentos.
Deixa o ar mais pesado e os sorrisos mais raros.
O pior nisso é que não me sinto a vontade para retirar essa capa.
A hostilidade que paira próxima não me deixa confiar.
Tenho que ter cuidado, pois os inimigos são ligeiros,
São próximos, letais...
Por isso posso confiar em poucos, sem respeitar muito os rótulos,
Pois são os rótulos que enganam na maior parte do tempo.
Mas não posso esquecê-los, pois é onde esta a verdade na maioria das vezes...
...Nos rótulos!
For You Blue (Para Você Azul)
Beatles.
Porque você é bonita e adorável, eu te amo.
Porque você é bonita e adorável,garota, é verdade,
Eu te amo mais do que amei a qualquer outra garota.
Eu te quero de manhã, eu te amo.
Eu te quero no momento em que me sinto triste,
Eu vivo por todos momentos para você garota.
Eu te amo desde que o momento em que te vi,
Você me olhou, era tudo que tinhas de fazer
Eu sinto isso agora e espero que sintas também.
Porque você é bonita e adorável, eu te amo.
Porque você é bonita e adorável, é verdade,
Eu te amo mais do que amei a qualquer outra garota.
Eu realmente te amo.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Formando
Augusto Garcia
Amanhã surgirei para mundo com um museologo
E daí?
- E daí? - falaram os críticos,
- E daí? - falaram os leigos,
- E daí? - falaram os meus chefes,
- E daí? - falaram alguns parentes,
- E daí? - falaram vários, talvez todos.
Pois talvez isso valia mais para mim, pro meu ego do que para os outros.
Pois no final do pensamento isso muda nada, na vida dos outros.
Talvez, se pensar bem, não deva muda nem a minha, só o meu encargo social!
Amanhã surgirei para mundo com um museologo
E daí?
- E daí? - falaram os críticos,
- E daí? - falaram os leigos,
- E daí? - falaram os meus chefes,
- E daí? - falaram alguns parentes,
- E daí? - falaram vários, talvez todos.
Pois talvez isso valia mais para mim, pro meu ego do que para os outros.
Pois no final do pensamento isso muda nada, na vida dos outros.
Talvez, se pensar bem, não deva muda nem a minha, só o meu encargo social!
sábado, 3 de julho de 2010
Vermelho Sangue!
Guto Garcia
Era noite, mas tinha tanta luz que parecia dia,
As tropas se entrelaçaram de tal forma que parecia uma.
Era chumbo, espada e lança para todo lado,
Homens degolados caindo no chão,
A terra verde pelo pasto agora era vermelho sangue!
Nos rostos se via cansaço e dedicação,
O fim só poderia chegar quando o ultimo inimigo caísse no chão.
Mate, mate...
É pelo poder, é pela terra, é pelo próprio escalpo.
A lama, o fedor os corvos atrás de almas,
Tudo pelo rio grande e nada para o inimigo!
Nenhuma matança é por nada,
Nenhuma guerra é desordenada,
Pois sempre haverá dinheiro, poder e generais!
Morra pelo seu país, pelo teu chão.
Pois vale mais um homem morto com honra do que vivo sem perdão!
Sente o cheiro e sabor deste chão vermelho sangue!
Era noite, mas tinha tanta luz que parecia dia,
As tropas se entrelaçaram de tal forma que parecia uma.
Era chumbo, espada e lança para todo lado,
Homens degolados caindo no chão,
A terra verde pelo pasto agora era vermelho sangue!
Nos rostos se via cansaço e dedicação,
O fim só poderia chegar quando o ultimo inimigo caísse no chão.
Mate, mate...
É pelo poder, é pela terra, é pelo próprio escalpo.
A lama, o fedor os corvos atrás de almas,
Tudo pelo rio grande e nada para o inimigo!
Nenhuma matança é por nada,
Nenhuma guerra é desordenada,
Pois sempre haverá dinheiro, poder e generais!
Morra pelo seu país, pelo teu chão.
Pois vale mais um homem morto com honra do que vivo sem perdão!
Sente o cheiro e sabor deste chão vermelho sangue!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
A Rua dos Cataventos
Mário Quintana.
XIII
Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca.
Ninguém há de arrancar-se a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!
XIII
Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca.
Ninguém há de arrancar-se a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!
terça-feira, 4 de maio de 2010
Na sua noite mais longa.
Augusto Duarte Garcia
Com toda sua patifaria, ela se rende a uma noite intensa de amor,
Sob o corpo que desejava ardentemente,
Vendia sua honra, vadia sem culpa e preocupação.
“- Como queres?” ela diz.
“-Pois o que está aqui é seu!”
Sem vergonha, sem respeito.
Com os corpos enroscados, nus
Em pró de seu gozo,
Na culpa do prazer,
Na ameaça da difamação.
Porém tudo se apaga no vai e vem dos corpos,
Na penetração aguda do prazer,
No arranhar da pele do companheiro.
Na luxúria do amor!
Com toda sua patifaria, ela se rende a uma noite intensa de amor,
Sob o corpo que desejava ardentemente,
Vendia sua honra, vadia sem culpa e preocupação.
“- Como queres?” ela diz.
“-Pois o que está aqui é seu!”
Sem vergonha, sem respeito.
Com os corpos enroscados, nus
Em pró de seu gozo,
Na culpa do prazer,
Na ameaça da difamação.
Porém tudo se apaga no vai e vem dos corpos,
Na penetração aguda do prazer,
No arranhar da pele do companheiro.
Na luxúria do amor!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Homenagem a o até que enfim
Augusto Duarte Garcia.
Nas poças d’água que me acidentava vi,
Nas frieiras que me criava senti
Que pelo cinza desta cidade engoli todas as minhas inocências.
Em cada dia que por mim passava, ganhei e perdi amigos,
Encarei e fugi de inimigos,
Galguei e desisti de vínculos.
Não posso dizer que de todo ruim foi,
Não posso dizer que de tudo bom foi,
Só sei que não se esquece,
Tudo ficou, de um jeito ou de outro,
Na memória ou no esquecimento.
O que mais importava, nem sei,
Se que dias assim não voltam,
Para o bem e para o mal,
Porém, não se necessitam mais.
Já no fim quero apenas sentir a liberdade enganosa que sinto,
Sem perceber a armadinha que vem vindo,
Pois no final é de ilusões que engolimos mais um dia
No continuo engano da vida!
Nas poças d’água que me acidentava vi,
Nas frieiras que me criava senti
Que pelo cinza desta cidade engoli todas as minhas inocências.
Em cada dia que por mim passava, ganhei e perdi amigos,
Encarei e fugi de inimigos,
Galguei e desisti de vínculos.
Não posso dizer que de todo ruim foi,
Não posso dizer que de tudo bom foi,
Só sei que não se esquece,
Tudo ficou, de um jeito ou de outro,
Na memória ou no esquecimento.
O que mais importava, nem sei,
Se que dias assim não voltam,
Para o bem e para o mal,
Porém, não se necessitam mais.
Já no fim quero apenas sentir a liberdade enganosa que sinto,
Sem perceber a armadinha que vem vindo,
Pois no final é de ilusões que engolimos mais um dia
No continuo engano da vida!
domingo, 18 de abril de 2010
...uma janta, uma garota
Concubinas da minha vida
Concubinas que meus amores
Amores que traições
Concubinas que eis meu fim
Concubinas que meus amores
Amores que traições
Concubinas que eis meu fim
segunda-feira, 29 de março de 2010
Lar (Dor de cabeça da constante duvida e a hipotética teoria do criacionismo)
Augusto Duarte Garcia.
I
Quando vejo, na janela,
Aquele cenário estranho,
Noto o quando estou longe de casa.
Sinto o estomago estranho,
Como se tive me reprimindo,
Resumindo-me a ele.
A solidão bate forte,
E as luzes verdes do prédio do jornal
Me deprimi mais.
II
Mas por que sentir falta deste lugar,
Sempre tão escuro tão pouco amistoso.
Cuja sempre me faz querer o outro,
Outra casa, outra família, não quero mais sentir.
Neste lugar a paz tem sempre data certa,
A tranqüilidade é apenas calmaria passageira,
Que quando deixa transparecer peremptória se acaba,
Deixando lágrimas, ressentimentos que ficam cada dia maiores.
Não há como crer no amor em lugares assim,
Pois o que cria é só desordem, fúria, dor.
Não há como crer no outro,
Não há como viver com o outro.
III
O lugar que vivo parece ser sempre deserto,
Nunca nasce algo que no fim fique comigo,
Pois sempre chega à hora de ir,
E as paredes é tudo que resta.
Onde surgi, nunca tiveram crença em mim,
A não ser poucos tolos iguais a mim.
Mas sempre que ando só pelas ruas
Parece que estão de olho em mim, duvidando.
Meus passos sempre são mais pesados e desconfiados,
Nunca quis isso, mas sempre foi assim.
E agora que posso estar tão perto de ir,
Não sei se sentirei falta deste lugar ou alivio de sair.
IV
Mas como posso ser assim?
A dor que sinto é delirante,
Mas o ar sempre foi mais difícil de engoli ali.
Não há orgulho nisso, só tristeza.
Sinto-me mal por isso, o que sou?
Um traído ou traidor?
O que me restará quando corta minhas raízes?
O que sentirei?
Meu coração só se faz dor,
Meu orgulho se desfaz como se nunca houvesse,
Meus olhos se desmancham como se não pudesse ver,
Não é honroso, só há ônus, sofrimento, uma dor no peito que não se vai.
V
Porém quando as lagrimas se vão,
Sei que posso contar com poucos loucos.
Sempre fiéis, sempre ali.
No fim a estrada leva para longe dali.
A aurora estará no final desta noite,
Com ela irei esquecer tudo,
Recomeçar, sem pesos,
Sem a dor que me desfaz.
Porém do futuro se tem nada,
Além de expectativas.
Um novo inicio, um novo lugar,
Mas só!
I
Quando vejo, na janela,
Aquele cenário estranho,
Noto o quando estou longe de casa.
Sinto o estomago estranho,
Como se tive me reprimindo,
Resumindo-me a ele.
A solidão bate forte,
E as luzes verdes do prédio do jornal
Me deprimi mais.
II
Mas por que sentir falta deste lugar,
Sempre tão escuro tão pouco amistoso.
Cuja sempre me faz querer o outro,
Outra casa, outra família, não quero mais sentir.
Neste lugar a paz tem sempre data certa,
A tranqüilidade é apenas calmaria passageira,
Que quando deixa transparecer peremptória se acaba,
Deixando lágrimas, ressentimentos que ficam cada dia maiores.
Não há como crer no amor em lugares assim,
Pois o que cria é só desordem, fúria, dor.
Não há como crer no outro,
Não há como viver com o outro.
III
O lugar que vivo parece ser sempre deserto,
Nunca nasce algo que no fim fique comigo,
Pois sempre chega à hora de ir,
E as paredes é tudo que resta.
Onde surgi, nunca tiveram crença em mim,
A não ser poucos tolos iguais a mim.
Mas sempre que ando só pelas ruas
Parece que estão de olho em mim, duvidando.
Meus passos sempre são mais pesados e desconfiados,
Nunca quis isso, mas sempre foi assim.
E agora que posso estar tão perto de ir,
Não sei se sentirei falta deste lugar ou alivio de sair.
IV
Mas como posso ser assim?
A dor que sinto é delirante,
Mas o ar sempre foi mais difícil de engoli ali.
Não há orgulho nisso, só tristeza.
Sinto-me mal por isso, o que sou?
Um traído ou traidor?
O que me restará quando corta minhas raízes?
O que sentirei?
Meu coração só se faz dor,
Meu orgulho se desfaz como se nunca houvesse,
Meus olhos se desmancham como se não pudesse ver,
Não é honroso, só há ônus, sofrimento, uma dor no peito que não se vai.
V
Porém quando as lagrimas se vão,
Sei que posso contar com poucos loucos.
Sempre fiéis, sempre ali.
No fim a estrada leva para longe dali.
A aurora estará no final desta noite,
Com ela irei esquecer tudo,
Recomeçar, sem pesos,
Sem a dor que me desfaz.
Porém do futuro se tem nada,
Além de expectativas.
Um novo inicio, um novo lugar,
Mas só!
quarta-feira, 3 de março de 2010
Saudosismo do Verão!
Don't Worry Baby (tradução)
The Beach Boys
Bem, está crescendo dentro de mim
Há oh, Eu não sei quanto tempo
Eu não sei por quê, mas continuo pensando
Que alguma coisa está para dar errado
Mas ela olha em meus olhos
E me faz perceber
E ela diz
"Não se preocupe baby
Tudo ficará bem
Não se preocupe baby"
Eu acho que deveria ter mantido minha boca fechada
Quando eu comecei a reclamar do meu carro
Mas não posso voltar atrás agora
Porque eu pressionei demais os outros caras
Ela me faz ficar vivo
E me faz querer dirigir
E ela diz
"Não se preocupe baby
Tudo ficará bem
Não se preocupe baby."
Ela me disse "Baby, quando você correr hoje
Apenas leve meu amor junto com você
E se você soubesse o quanto Eu te amo, baby
Nada poderá dar errado com você"
Oh, o que ela faz comigo
Quando ela faz amor comigo
E ela diz
"Não se preocupe baby
Tudo ficará bem
Não se preocupe baby
Tudo ficará bem
Não se preocupe baby."
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Amor, Humor.
Guto Garcia.
E se amor não é dor?
E se dor for falta de humor?
E se humor é se feliz?
Mas se feliz for só um estágio do mau humor?
E se amor for falta de ódio?
E se a vingança for o amor do ódio?
E o ódio amor em demasiado?
O exagero de amor não causa raiva?
E o exagero de raiva não pode ser por amor demasiado?
E para existir humor não é necessário existir mau humor?
E se amor e ódio forem irmão?
Se a dor é causada pelo ódio?
E se o ódio for causado pela dor?
E se o amor causa dor?
E se a dor for um sentimento do amor?
Será que dor é igual a humor?
E se amor não é dor?
E se dor for falta de humor?
E se humor é se feliz?
Mas se feliz for só um estágio do mau humor?
E se amor for falta de ódio?
E se a vingança for o amor do ódio?
E o ódio amor em demasiado?
O exagero de amor não causa raiva?
E o exagero de raiva não pode ser por amor demasiado?
E para existir humor não é necessário existir mau humor?
E se amor e ódio forem irmão?
Se a dor é causada pelo ódio?
E se o ódio for causado pela dor?
E se o amor causa dor?
E se a dor for um sentimento do amor?
Será que dor é igual a humor?
Sem Palavras
Móveis Coloniais de Acaju
Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)
Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?
Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!
Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender
domingo, 10 de janeiro de 2010
N° 51
(Henry Lopes)
Vou vestir meu terno mais caro e tomar um doze anos
Chegar no pub irlandês mais alto nível que encontrar
Vou por meu chinelo remendado com arame
e uma camisa xadrez amassada e então,
tomar toda cerveja barata que puder
Com meu melhor terno vou subir o morro,
tomar pinga com o malandro do samba
De bermuda e gravata queimar uma pedra,
derreter meu cérebro
Até sobrar só o suficiente pra escrever uma carta
Dizendo que tudo era só questão de status
Tudo foi um porre,
E os porres foram os fragmentos de vida mais reais
Então vou por o que me der na cabeça,
Vou tomar o que meu dinheiro poder comprar
Vou levar as coisas do jeito que der.
Vou vestir meu terno mais caro e tomar um doze anos
Chegar no pub irlandês mais alto nível que encontrar
Vou por meu chinelo remendado com arame
e uma camisa xadrez amassada e então,
tomar toda cerveja barata que puder
Com meu melhor terno vou subir o morro,
tomar pinga com o malandro do samba
De bermuda e gravata queimar uma pedra,
derreter meu cérebro
Até sobrar só o suficiente pra escrever uma carta
Dizendo que tudo era só questão de status
Tudo foi um porre,
E os porres foram os fragmentos de vida mais reais
Então vou por o que me der na cabeça,
Vou tomar o que meu dinheiro poder comprar
Vou levar as coisas do jeito que der.
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