sábado, 6 de novembro de 2010

Inverno, a Odisséia sem fim: Uma viagem para o Branco, insólito, frio e solitário inferno que jamais outro homem viu.

Guto Garcia

E através do horizonte, aflito e só.
Olhando cada nó, num pedido...

Ao meio dessa imensidão fria eu não sei...
... não sei se há norte-sul, baixo-alto.
Não sei se realmente estou a olhar,
Não creio que possa ver você a me olhar

Neste branco junto do cinza do céu
Não há dimensão de chão ou ar.
E cada nó que tem se aqui, eu nem sei se estou a sofrer ou dormir

Só sei que sinto um beliscão,
Sei que sinto solidão!
E cada momento que olho para frente menos sei se estou indo há você
Cada vez que ando menos sei se estou a andar

Eu não sei... não sei... não sei!
Só sei que aonde chegar, quero dormir num quente e fofo sofá.
Mas só sinto uma angustia crescente, que avança, avança...
Não há mais dor, não há mais ar,
Vou avante, nem sabendo se é para frente que vou!

Um comentário:

  1. Se hoje não sei, amanhã saberei...?
    ou será dúvida para sempre...?

    Se tenho dúvida da "dúvida", como terei certeza...?

    E como a certeza, torna-se incerteza nessa situação, o que será de mim no momento que tiver que tomar uma decisão...?

    ===X===

    A vida é um jogo..., que propõe desafios..., é um labirinto cheio de portas, acessos, ilusões...! A mente muitas vezes mente, ela cria e recria nossos medos, nos faz percorrer os mesmos percursos, apenas com paisagens diferentes...! Então qual é a solução, para não se tornar refém de si mesmo? Qual o caminho correto para a integridade pessoal...?

    Bom, certamente essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há formulas mágicas, não há receitas prontas, as concepções preestabelecidas pela sociedade são apenas antídotos anti-monotonia! Ou seja, uma farsa, belamente disfarçada...

    Uma coisa eu sei...

    "Não existe certo ou errado e sim o aprendizado...", e nesse caso o “infinito”... "já foi ultrapassado...!".

    "...pra todo frio, um calor... pra toda dor um amor, pra toda desilusão um novo chão, pra toda fome, um pão... pra todo mundo..., um devaneio profundo..., um novo horizonte pra esse velho submundo!"

    Duda.

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