Guto Garcia
O silêncio retumba pela casa inteira.
Um silêncio com cheiro de morte,
Com gosto de morte,
Silêncio puro, porém aterrorizador.
As paredes se movimentam,
Modificando os espaços da casa,
Criando mil e um labirintos de solidão.
Num crepúsculo de sentido, de sanidade.
A escuridão também pura surge e apaga o ultimo gesto de humanidade
Agora a loucura contamina meu corpo, minha mente.
Estou puro de lucides, limpo.
Nesta casa satânica, minha mente derrete no caldeirão surreal da loucura.
Bebo o néctar mais impuro e pestilento já provado.
Como da carne mais podre que vi,
Junto com larvas mais protuberantes que há.
Na noite mais terrível que tive.
Neste sonho mais real ou na realidade dos sonhos.
Onde entro num mundo em que a mente se perde
Onde não há mais o real, só as alucinações mais vis.
E no fundo escuto o som dos foguetes,
Mas tão distante que não posso ver, achar.
Nesta odisséia demoníaca que me deparo,
10 anos no inferno, em mil infernos.
Onde cada dia é um século!
O ostracismo de meu corpo é proporcional a o meu cansaço
De está nesta casa maldita.
Nesta noite vil!
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