sábado, 28 de março de 2009

Prazeres a um luar

A cidade toda dorme
Eu vago por ai sozinho
Sempre a procura de bares
Emoções que não existem por aqui
Prazeres fora do alcance da minha mão

Já são mais de três da manha
Ruas vazias, mas cheias de escuridão
No deserto urbano desta noite
Pelas casas sonos tranqüilos
Sem saber que tudo nunca dura o suficiente

Já é tão tarde que já vai amanhecer
A lua que entrega seu posto ao sol
É a mesma que brilhará pra um outro alguém
Que talvez saiba aproveitar melhor um belo luar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Le jour de parler

Guto Garcia

Hoje ela fala com os pássaros mortos de sua gaiola
No escuro de seu apartamento, meio morta, meio viva.
Fala como se sente vadia e pura.
Fala de seus dias de porre e o porquê de esta a onde esta.
Fala e fala sem por que.

Hoje ela morre com seus pássaros e morre sem saber com quem.
Fala de seus sentimentos e de sua solidão.
Fala e pergunta o motivo da morte deles.
A comida que não estava ali, a água que nunca estava ali.
De como é má no assunto, e fala por falar.

Hoje ela comemora mais um dia no escuro de seu quarto que é em qualquer lugar.
Hoje ela não sabe o que falar,
Mas fala sem parar de falar.
E como é chato não poder conversar.

Hoje fala como se nunca mais fosse falar.

Morena

Los Hermanos - Morena

Los Hermanos

Composição: Marcelo Camelo

É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola

Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar

Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar

sexta-feira, 20 de março de 2009

Um Dia de Nostalgia

Henry Lopes

No papear com minha solidão
Toda nostalgia vem à tona
Lembrando meus discursos de 30 anos atrás
Pois eu ainda os uso

Velhas idéias que nunca mudam
Minha mãe me diz ainda: “te cuida meu filho”
Eu também já digo isso, mas são para os meus
Meu velho que morreu, nem tão velho assim
Saudades dele ainda sinto

63 outubros atrás minha mãe dava a luz
Ainda viva, muito velha, comigo mora hoje
Tempos antigos sempre recordo

Aquele primeiro amor que nunca morreu
Com outro alguém um dia se casou
Tantas outras passaram
Nenhuma durou muito
Sozinho hoje lembro me de todas

Com poucas esperanças
No mundo que há de vir
Gostava tanto de tudo que passou
Velhos hábitos que nunca se vão.

sábado, 14 de março de 2009

Sussurros no escuro

Guto Garcia.

Hoje percebo!
Quando escrever é inútil.
Ninguém lê, ninguém se sensibiliza.
Não se importam, nem querem saber.

Então porque escrever, por quê?
Já não importa, escrevo e só.
Não querem ler, escrevo para mim.
Não trará nada novo para os outros.
Escrevo só, só por escrever.

As pessoas estão nem ai para qualquer coisa que ultrapasse suas idéias limitadas.
Então eu escrevo por escrever, pela saúde de minha alienação.
Me recluso em meus pensamentos e lá fico preso.
Não há alcance, não é para ter.

O impressionante é que nem tentam,
E quando tentam passam longe.
Pode não haver motivos para isso,
Mas faço.

Não quero ser uma pessoa fechada em meu mundo,
Sem contatos sentimentais, físicos, amorosos.
Mas prefiro isso a quase tudo que os outros preferem.
Carros, mulheres fáceis, dinheiro, beberagem sem por que,
Conversas tolas as quais nem os loucos veem sentido

Agora escrevo por escrever, em meu mundo solitário.
Esse momento é só meu e não posso dividi.
As sensações são apenas minhas.
Então, se não gostas, tudo bem, Tchau!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Pequeno conto de um duelo numa rua coberta de sangue.

Escrito por: Augusto Garcia.

Não se podia deixar de notar o clima quente de verão, vários mortos na calçada, cinco ou seis Brigadianos entre eles. Já estava perto o tiro final, mas de quem? Ali estavam enfrente Carlos Latorre e o assassino de seu pai, cuja talvez nem nome tivesse.

- O que queres? Pois tenho chumbo quente prontinho para ti, é o que posso oferecer.– Diz irônico, mas raivoso Latorre

- Viu esses corpos no chão, por que achas que teu destino será diferente? – Diz irônico o Assassino.

O olho no olho está tais inimigos ferozes, quem viverá, quem não? Na realidade o que menos importava a eles era se ia viver, mas sim quem ia morrer. Um com sua 12 e outro com um revolver na mão. A espera parece ser eterna, quem primeiro iria atirar. Mas subitamente o Assassino atira em Carlos que atrasado faz o mesmo. Com um tiro no peito Carlos vê o já sem muita noção o assassino morto com sua cabeça estraçalhada com os estilhaços de chumbo da Doze. Feliz cai já agonizando graças ao sangue perdido e o coração já sem vida.

FIM

terça-feira, 3 de março de 2009

Lançamento de Novo CD "Augusto e os Enfermos MTV Desplugando em Piratini

Banda criada no inicio dos anos zero do século XXI na cidade de Piratini. Têm como base de seu som, gêneros do rock como Punk, Hard core e salsa. É uma banda bem eclética, toca em qualquer Lugar, no banheiro, na garagem, no meio da rua ou numa casinha de sapé.
Seus integrantes são caucasianos, mas não estão em nenhum grupo de supremacia branca, mas também não cantam rap (ou repe) e em suas canções emotivas falam do poder dos mais fraco e na vida após a morte baseando-se no livro do senhor dos anéis e no Harry Poter.
Em sua vasta discografia, esta para ser lançado seu primeiro CD “Augusto e os Enfermos MTV Desplugando em Piratini”. Primeiro de muitos que talvez apareçam em algum blog para ser baixado ou nos camelo pra ser comprado.

Augusto e os Enfermos, a banda da Hora! (ou não)

Capa:


Contracapa:



http://www.augustoeosenfermos.com/download