Guto Garcia
O silêncio retumba pela casa inteira.
Um silêncio com cheiro de morte,
Com gosto de morte,
Silêncio puro, porém aterrorizador.
As paredes se movimentam,
Modificando os espaços da casa,
Criando mil e um labirintos de solidão.
Num crepúsculo de sentido, de sanidade.
A escuridão também pura surge e apaga o ultimo gesto de humanidade
Agora a loucura contamina meu corpo, minha mente.
Estou puro de lucides, limpo.
Nesta casa satânica, minha mente derrete no caldeirão surreal da loucura.
Bebo o néctar mais impuro e pestilento já provado.
Como da carne mais podre que vi,
Junto com larvas mais protuberantes que há.
Na noite mais terrível que tive.
Neste sonho mais real ou na realidade dos sonhos.
Onde entro num mundo em que a mente se perde
Onde não há mais o real, só as alucinações mais vis.
E no fundo escuto o som dos foguetes,
Mas tão distante que não posso ver, achar.
Nesta odisséia demoníaca que me deparo,
10 anos no inferno, em mil infernos.
Onde cada dia é um século!
O ostracismo de meu corpo é proporcional a o meu cansaço
De está nesta casa maldita.
Nesta noite vil!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Irei ao céu
Augusto Garcia.
Galgo o céu celeste,
Sinto o vento que toca docemente meu rosto,
Fico acomodado pela grama que me acomoda como se fosse uma concha.
O sol que ofusca meus olhos é o mesmo que aquecia meu corpo antes do inverno.
Fico aqui a te olhar, tão perto, mas tão longe,
Fico a admirar tua imensidão azul que com minha mente mergulho.
Como posso não te perceber, como posso te negar, se és tão maior que eu?
Infinito, além, muito mais que além do que sinto tu és.
Então eu galgo o céu ao qual não posso alcançar.
O qual parece querer me levar com o vento,
O qual parece que irei cai, até ti... imensidão azul.
Galgo o céu celeste,
Sinto o vento que toca docemente meu rosto,
Fico acomodado pela grama que me acomoda como se fosse uma concha.
O sol que ofusca meus olhos é o mesmo que aquecia meu corpo antes do inverno.
Fico aqui a te olhar, tão perto, mas tão longe,
Fico a admirar tua imensidão azul que com minha mente mergulho.
Como posso não te perceber, como posso te negar, se és tão maior que eu?
Infinito, além, muito mais que além do que sinto tu és.
Então eu galgo o céu ao qual não posso alcançar.
O qual parece querer me levar com o vento,
O qual parece que irei cai, até ti... imensidão azul.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Caminhada matutina
(Henry Lopes)
Pela manha, logo cedo
caminhei entre os mortos
procurei concelhos prévios
quis me esclarecer
Mortos talvez sábios
santos, nem sempre
antigos ou recentes
de todas as crenças
Tentei acreditar
mas nada me disseram
Caminhei entre os mortos
inutilmente.
Pela manha, logo cedo
caminhei entre os mortos
procurei concelhos prévios
quis me esclarecer
Mortos talvez sábios
santos, nem sempre
antigos ou recentes
de todas as crenças
Tentei acreditar
mas nada me disseram
Caminhei entre os mortos
inutilmente.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
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