quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Bonne année

Guto Garcia

Quanto tempo leva para terminar um ano?
Quando tempo este passou?
Suas cores e temporais,
A chuva que esfriava e o calor que queimava?
Quando tempo esperou para acabar, ou não?
Qual será sua falta, dará para medir?
Será que nunca mais ira voltar?

Quando tempo ele poderia espera para acabar.
Mais uma dança, uma noite?
Quando será que ele diz: - Já vou!
Será que tudo que aconteceu dura?
Quantas lágrimas e sorrisos já foram?
Mais que espere, poderei ter momento melhor?
Mas não que seja privilégio, mas seria o que espero?

Mas faz quanto tempo que “disse vou”?

De papo com o Passado curto.

Guto Garcia

Um dia desses te vi, como é engraçado o coração.
Já não te sinto, sua falta não faz mal,
Tua presença não me conforta,
Seu corpo não me chama. Você esta tão comum!

Há pouco tempo só pensava em ti,
Agora isso ocorreu por um acaso.
Algum tempo eras motivos para meus raros poemas te amor.
Hoje é mais uma releitura de minhas memórias.

Diziam tantas coisas sobre nós,
Como é irônico, hoje isso parece difícil de lembrar.
Quando sai de sua vida,
Parecia que o tempo de escuridão seria longo, talvez interminável.

Hoje sinto falta de outro alguém,
Parece que é ela, Será?
Dessa vez não quero saber, deixe o tempo soprar.
Pois amanhã é outro dia,
E nós somos apenas poetas dançando sobre palavras mal escritas
O futuro e a verdade não são objetivos para agora!

Contas de dedos

Guto Garcia

E o sentimento que sinto em Dezembro e te amor,
Mas por que sinto mais forte este cheiro de solidão?
Por que sigo as esquinas, seguindo alguma solução?
Por que estou com este olhar embriagado?

Hoje os dias não têm mais lua, e o sol apagar toda a emoção.
Fico a esperar nem que seja de um ola, uma luz da lua.
Uma esquina, um olhar.
Mas nunca acho o querer, pois já tive o que quis,
Mas hoje não!

Na solidão do tempo, espaço, em espera e esperança me faço.
Na espera de vê o quis, o que quero.
No tempo que passa, mas demora.
No charme da não resposta, na dor da espera.

Sabendo que por ai esta, tão longe de um toque.
Num curto espaço para que a luz não cubra a nos dois.
Nem tão longe, mas longe demais.
Na espera de um até mais, nunca mais!

Chuva

Guto Garcia

Hoje a chuva borra de cinza o céu escaldante.
O suor me tonteia, torra.
Mas a chuva borra!
O calor me freia, a chuva solta.

Nas horas seguintes, ainda tonto, ando.
Já mais alerta sigo.
Nas lágrimas dos céus está um pouco de alivio
Na chuva me limpo!

Fantasmas

Guto Garcia

Eu vejo fantasmas negros
Já faz tempo
Não sei se são meus
Nunca vi felicidade neles
Nunca vi maldade neles
Só vejo uma apatia, uma tristeza.
Nunca me fizeram mal
Nunca me fizeram nada
Só olham apáticos.
Pra que vieram?
Pra que nasceram?
Pra morreram?
Acho que nunca souberam
Se eles falam?
Às vezes, mas nunca falam nada.
Não sabem direito o que são
Talvez não saibam nem são fantasmas!