(Henry Lopes)
Vi o desespero bem diante de mim
-chamem o próximo esse já se foi
Vi uma família que perdeu alguém
-ela não pode ter morrido,
estava tão bem ontem
Hoje vi a morte de perto
-ela morreu, realmente se foi,
não consigo acreditar
Vi de perto, como é fácil morrer
-vamos ao seguinte, você está entregue
Vi corredores de gente a espera,
do fim sujo, sem valor
-este corredor da morte não para por ai
Hoje vi a morte, enquanto você ria da vida.
sábado, 12 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Desordem.
Guto Garcia
No afago da noite molha seus pés quando fico olhando a imensidão escura do céu.
No silêncio das ruas, tramando coisas, fico parado esperando adormecer.
No tempo que passa em 15 e 15 minutos só posso esperar que passe mais 15.
Na distância que separa do refrigerante gelado esta um dedo da boca que se racha seca.
Nestes detalhes que se passam dias, se passam mês e se passam anos.
É desta forma que se espera a morte, que se passa a vida.
Não se pode fugir disso, das repetições, da inércia em movimento da mudança,
Também da incorrupta desordem.
Não conseguimos mudar, também não controlamos.
No final é só seguir e esperar que de tudo certo, fique tudo bem.
Mas é incrível a indisponibilidade disso ocorrer,
Nunca se escapa ileso da vida, ou da morte.
No fim é uma junção de erro e acerto despropositados.
Isso é a febre da vida, que não podemos curar de fato,
No Maximo minimiza, controlar os estragos, só os estragos.
Juntar os restos de ti mesmo e tentar seguir,
Ou respirar fundo e não crer no que ocorrer e dizer: como fiz isso?
E no fim, respeitar e obedecer a desordem da vida.
No afago da noite molha seus pés quando fico olhando a imensidão escura do céu.
No silêncio das ruas, tramando coisas, fico parado esperando adormecer.
No tempo que passa em 15 e 15 minutos só posso esperar que passe mais 15.
Na distância que separa do refrigerante gelado esta um dedo da boca que se racha seca.
Nestes detalhes que se passam dias, se passam mês e se passam anos.
É desta forma que se espera a morte, que se passa a vida.
Não se pode fugir disso, das repetições, da inércia em movimento da mudança,
Também da incorrupta desordem.
Não conseguimos mudar, também não controlamos.
No final é só seguir e esperar que de tudo certo, fique tudo bem.
Mas é incrível a indisponibilidade disso ocorrer,
Nunca se escapa ileso da vida, ou da morte.
No fim é uma junção de erro e acerto despropositados.
Isso é a febre da vida, que não podemos curar de fato,
No Maximo minimiza, controlar os estragos, só os estragos.
Juntar os restos de ti mesmo e tentar seguir,
Ou respirar fundo e não crer no que ocorrer e dizer: como fiz isso?
E no fim, respeitar e obedecer a desordem da vida.
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