quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Noite Fria e escura!
(Guto Garcia)


Os dias passam e eu já me esqueci o que é traição
E rabisco escritas estranhas
Falam de morte, falam de alguém.
Como queria você, mas não vem.

Não vêm os dias de empatia.
Só dor ao ficar só,
E para que chorar?
Nem sei o que é isso

Olho pros corpos mortos numa janela em cores
Vejo o meu retrato num lugar vazio,
O frio é quente,
Queima minha alma e não tenho como me aquecer.


A apatia entre nós não poderia ser maior
O meu ego sempre ficou caído no chão
Vou para o meu lugar,
Longe daqui, mesmo sem sair de casa.


E o que seria o lar?
Tem horas que me sinto fora dessa lógica,
Não tenho lugar, sou um cometa a cair,
Ou só estou a viajar pelo espaço escuro e frio,

Quero um lugar, um porto seguro,
Braços frágeis para me abraçar e acariciar,
Um romance estilo musical dos anos 30
Uma musica para esquecer
Alguém que sempre se lembre que me ama!

E o vazio da noite é cada vez maior,
Para que escurecer, e as luzes não iluminam,
Eu só vejo o brilho forte que não me deixa ver
Mas isso é tão raro, não sei como posso lembrar!

E ele me disse para esquecer,
Quem tu achas que gosta de ti?
Não sei!
Não tem ninguém! Quem seria ela?

Amigo Punk
Wander Wildner

haaaa...

Amigo punk, escute este meu desabafo
que a esta altura da manhã já não importa o nosso
bafo
pega a chinoca, monta no cavalo e desbrava essa
coxilha
atravessa a Osvaldo Aranha e entra no parque
farropilha

Amanhecia e tu chegavas em casa com asa
a tua mãe dá bom dia
e se prepara pra marcar o gado com o ferro em brasa
e não importa se não tem lata de cola
eu quero agora é sestear nos meus pelego
com meu cavalo galopando campo afora
o meu destino é woodstock mas eu chego
aonde eu ouço a voz da cordeona
já escuto o gaiteiro puxando o fole
vai animando a gauderiada no bolicho
enquanto eu sigo detonando o hardcore

1º Texto do ano!

Guto Garcia

Revolução da matemática, mudasse um número e já é ano novo
Um ano a menos para morrer (talvez agora falte pouco),
Mais 336 dias, para que?

E respiramos ares novos, mas por que o cheiro é o mesmo?
E tudo que fiz de mal já passo, mas um dia os fantasmas cobram.
E o universo conspira coisas novas, mas sempre serão os mesmos.


A esperança se renova, mas já sei como começa, já sei como termina.
E há gritos e foguetes, talvez gemidos e prazeres.
É até que enfim e acaba mais um ano, mas começa outro,
“pelo menos o que passou eu já sabia como foi!”


E só há alegrias, mas até quando?
Até passar o borre,
E bem vindo o que seja!