Guto Garcia.
E se amor não é dor?
E se dor for falta de humor?
E se humor é se feliz?
Mas se feliz for só um estágio do mau humor?
E se amor for falta de ódio?
E se a vingança for o amor do ódio?
E o ódio amor em demasiado?
O exagero de amor não causa raiva?
E o exagero de raiva não pode ser por amor demasiado?
E para existir humor não é necessário existir mau humor?
E se amor e ódio forem irmão?
Se a dor é causada pelo ódio?
E se o ódio for causado pela dor?
E se o amor causa dor?
E se a dor for um sentimento do amor?
Será que dor é igual a humor?
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Sem Palavras
Móveis Coloniais de Acaju
Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)
Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?
Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!
Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender
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