domingo, 10 de maio de 2009

O Fantástico e inexplicável mundo de Fernanda

Augusto Garcia e Henry Lopes

Acabei de decidir que tudo
É sempre meio parecido
Promessas de uma volta no tempo
Mas no fim tudo giraria no mesmo lugar
Apenas imperfeições de verdades

Se pudesse transformava tudo em nuvens Azul claro,
Céu cor de rosa e as montanhas verde limão.
Os rios seriam de refrigerante de laranja
E a alface teria gosto de mel.

As pessoas seriam todas roxas e felizes.
As guerras seriam de travesseiros,
O chão seria feito de lençóis,
Beijos, brindes dados pelas mais belas moças, sem pudor.

Terremotos abraços forte de amor,
Os bêbados, psicólogos.
No final de cada dia uma festa para comemorar,
A noite seria um cobertor quente.

E por fim o fim de cada vida seria uma comemoração,
Sobre tudo de maravilhoso que naquela pessoa há.
Amor será livre e a moral resumo de tudo que disse.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Duas Faces

Henry Lopes, Augusto Garcia

Já me ofereci como teu amigo e inimigo
Como ambos tu me aceitastes
Na paz e na guerra te acompanhei
No teu lado sempre me mantive
Com uma faca na mão ou um sorriso no rosto
Amor e ódio, dois lados da mesma moeda
Dois sentimentos da mesma mulher

A indecisão de querer te amar
Mas também a certeza de querer te matar
Sobre teu corpo na cama fico completo
Sobre teu cadáver no caixão fico sereno

Sendo o mesmo, sobre teus vermes ou sob nossas flores.
No beijo mais quente e mais rápido tapa.
Caindo em raiva sem consolo,
Sobre o consolo de suas pernas.

Minha mulher amada, meu motivo de raiva.
Santa virgem, traidora na cama.
És teu final, teus gritos no quarto.
Tu és vida, mesmo na morte.